Bloco "em grande convergência" com PCP pelo aumento do salário mínimo
A coordenadora do BE, Catarina Martins, assumiu sexta-feira estar "em grande convergência com o PCP pelo aumento do salário mínimo nacional", considerando que apesar de 600 euros ser o desejável, 580 euros estão garantidos em janeiro de 2018.
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Política Campanha
À margem de uma ação de pré-campanha para as eleições autárquicas, na sexta-feira à noite, nas Festas da Moita, distrito de Setúbal, Catarina Martins foi questionada sobre a posição assumida esta semana pelo líder comunista a propósito da necessidade de "continuar a avançar e não a parar e recuar" na questão do salário mínimo nacional porque 600 euros não é irrealista.
"Não baixamos a fasquia. Aliás, obrigámos a inscrever no acordo com o PS que aumentava todos os anos", adiantou a coordenadora do BE, assegurando que o partido está "em grande convergência com o PCP pelo aumento do salário mínimo nacional".
O BE, segundo Catarina Martins, considera que "o salário mínimo já devia estar nos 600 euros há muito tempo".
Contudo, recordou Catarina Martins, os bloquistas fizeram com o PS "um acordo de mínimos que têm de ser cumprido pelo Governo durante esta legislatura".
"A posição do BE é que 600 euros seria o desejável, o mínimo que está no acordo que nós assinamos com o PS é 580 euros em janeiro de 2018. Portanto, no mínimo isso será. Se for mais, o BE cá está para apoiar essa reivindicação", prometeu.
Os próprios sindicatos e os trabalhadores, assegurou Catarina Martins, terão "o BE a seu lado" nessa luta.
"Foi muito importante que o BE tivesse posto mínimos no acordo porque hoje as pessoas veem que se não fossem esses mínimos talvez não tivesse subido", recordou.
Na quinta-feira, o secretário-geral do PCP defendeu que "o ritmo" do Governo não está a ajudar à valorização do trabalho em Portugal, mas insistiu que 600 euros de salário mínimo nacional "não é irrealista".
"É preciso continuar a avançar e não a parar e recuar", realçou Jerónimo de Sousa, reconhecendo que, nessa estratégia, a ajuda do BE terá a devida influência.
"Não estou a ver o Bloco ser contra esta proposta, mas, se baixa a fasquia, o próprio poder negocial fica altamente condicionado", concluiu o comunista.
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