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Acordo de segurança marca nova fase de cooperação entre Cabo Verde e EUA

A líder da oposição cabo-verdiana considerou hoje que o acordo de segurança (SOFA), que será assinado na próxima semana em Washington, marca uma nova fase na cooperação com os Estados Unidos, mas ressaltou que existem "pontos sensíveis".

Acordo de segurança marca nova fase de cooperação entre Cabo Verde e EUA
Notícias ao Minuto

23:03 - 15/09/17 por Lusa

Mundo PAICV

A presidente do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, na oposição), Janira Hopffer Almada, foi recebida hoje pelo primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva para abordar o Status Of Forces Agreement (SOFA), que será assinado a 24 de setembro em Washington, no âmbito da visita do chefe do Governo cabo-verdiano àquele país.

À saída do encontro, em declarações aos jornalistas, Janira Hopffer Almada congratulou-se com a assinatura do acordo, lembrando que em larga medida foi negociado pelo anterior Governo do PAICV.

"Foi um processo negocial longo e que marcará uma nova fase no relacionamento e na cooperação bilateral com os Estados Unidos", disse, felicitando o Executivo "por ter dado continuidade ao acordo" que "foi negociado quase na totalidade pelo Governo anterior".

Admitiu que durante o processo existiram "pontos mais sensíveis e de dificuldade na negociação", nomeadamente o estatuto, os privilégios e as isenções dos norte-americanos em Cabo Verde e a renuncia de Cabo Verde à jurisdição penal sobre eventuais crimes de militares dos Estados Unidos.

"São pontos essenciais que teremos oportunidade de analisar e conhecer a fundo como foram tratados esses dois pontos", adiantou, assinalando que o acordo terá que ser discutido no Parlamento.

A líder da oposição em Cabo Verde afirmou que, durante o encontro, o primeiro-ministro não facultou informações detalhadas sobre o que ficou acordado nestas matérias, nem sobre a forma de operacionalização do acordo.

"Só tendo conhecimento completo e aprofundado é que poderemos ter uma posição definitiva sobre o acordo", disse, lembrando a necessidade de respeito pelos limites constitucionais.

Segundo Janira Hopffer Almada, o acordo permitirá a Cabo Verde "contribuir mais e melhor para a estabilidade e a paz internacionais e fazer face aos desafios que tem a ver com a criminalidade transnacional organizada".

Por seu lado, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, sublinhou, através da sua página na rede social Facebook, a importância do acordo que define o estatuto dos soldados norte-americanos em território cabo-verdiano.

"É muito importante para Cabo Verde, tendo em conta a garantia de melhores condições de defesa e de segurança para o país, nomeadamente contra todo o tipo de tráfico, como drogas, pessoas, pesca ilegal, e outros, que acontecem na nossa sub-região. É um grande ganho para o país e para os cabo-verdianos", disse.

"No entanto, importa assegurar que este acordo não implica a instalação de uma base norte-americana no país, até porque a Constituição cabo-verdiana não o permite", reafirmou.

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