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"País não tem licenciados a mais, tem empregos a menos", diz Costa

O secretário-geral do PS considerou hoje que o aumento do número de alunos colocados no ensino superior mostra que os portugueses "voltaram a acreditar" que o país vai continuar a crescer e a criar empregos com qualidade.

"País não tem licenciados a mais, tem empregos a menos", diz Costa
Notícias ao Minuto

16:24 - 10/09/17 por Lusa

Política Ensino Superior

"Tivemos uma das notícias mais importantes do resultado desta governação" com o anúncio de que, este ano, "como já não acontecia há muitos anos, aumentou o número de alunos a frequentarem o ensino superior", disse António Costa, no Centro de Congressos de Matosinhos, distrito do Porto, onde participou num almoço no âmbito da campanha da candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal local, Luísa Salgueiro, nas autárquicas de 01 de outubro.

Esta notícia significa que os portugueses "deixaram de dar ouvidos àqueles que diziam que tínhamos licenciados a mais e que não era importante continuar a estudar", sublinhou.

Para António Costa, "o país não tem licenciados a mais, o que o país tem ainda é empregos a menos para os licenciados de que necessita, mas as pessoas estarem a voltar a querer prosseguir os estudos significa que voltaram a acreditar que, no futuro, este país vai continuar a criar empregos de mais qualidade e a valorizar aqueles que puderam estudar e, assim, obter novas competências, novos saberes, novas aptidões que vão ajudar a desenvolver o país".

"É esse aumento de alunos do ensino superior, ao contrário do que a direita nos quis fazer acreditar e ao contrário do que ainda hoje a direita acredita, que vai fazer a nossa economia ser competitiva. Não é o empobrecimento dos salários, a destruição dos direitos ou a precariedade das relações laborais, não, é termos portugueses com cada vez maior conhecimento, mais formação e maior aptidão para aumentarem e melhorarem aquilo que produzimos, os serviços que prestamos, de forma a continuar a ganhar valor e assim continuar a ser competitivos a nível global", disse.

O secretário-geral do PS acrescentou que "esta é a primeira grande vitória desta mudança politica que está a ter uma tradução concreta nas vidas das famílias e na construção do futuro coletivo".

No seu discurso, o líder socialista destacou também que este resultado "significa que a sociedade portuguesa tem hoje mais liberdade de opção do que tinha há uns anos", quando o salário dos filhos era necessário para as famílias.

Quase 45 mil alunos ficaram colocados no ensino superior público na primeira fase do concurso nacional de acesso, mais de 5% face ao 2016 e o número mais elevado desde 2010, segundo dados divulgados hoje da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).

Costa reafirmou também a importância da descentralização de competências para o poder local, afirmando que, para prosseguir este caminho, "o trabalho das autarquias é absolutamente essencial, porque são parceiras do desenvolvimento".

"Votar no PS no próximo dia 01 de outubro é dar força às autarquias", disse, acrescentando que eleger autarcas alinhados com esta mudança política" é uma garantia de que o país continuará "a crescer mais, a criar mais emprego", a ter "melhores finanças públicas" e, sobretudo, que está "a investir nas pessoas".

António Costa elogiou a candidatura do PS em Matosinhos, um concelho "democrático" cuja história, disse, "confunde-se com a historia daquilo que têm sido 40 anos de gestão autárquica do PS, de transformação de Matosinhos e de afirmação de Matosinhos como grande concelho e uma cidade na Área metropolitana do Porto e em todo o país".

"Bem sei que a relação entre o PS e Matosinhos é tão intensa que se pode dizer que é mesmo uma relação de amor, uma relação de amor que tem persistido no tempo e que, 40 anos depois, continua com muita paixão, que dá calor a esta relação e a torna particularmente emotiva", afirmou.

Para Costa, "como sempre nas paixões, há momentos de maior alegria e há momentos de maior arrufo, mas no fim das contas há algo que persiste e é muito bom: o amor continua e cada vez é maior a paixão do PS por Matosinhos e de Matosinhos pelo PS".

O líder socialista afirmou ser com "enorme satisfação" que vê esta candidatura do partido contar com elementos da equipa do antigo presidente do município, o socialista Guilherme Pinto que foi eleito em 2013 como independente e que morreu em janeiro.

"Podemos ter muitos amigos, mas a lista do PS em Matosinhos é só uma, a lista da Luísa Salgueiro e mais nenhuma", concluiu.

São candidatos à Câmara Municipal de Matosinhos, no distrito do Porto, Luísa Salgueiro (PS), Jorge Magalhães (PSD), José Pedro Rodrigues (CDU), Ferreira dos Santos (BE), Filipe Cayolla (PAN), o antigo presidente da câmara local pelo PS Narciso Miranda (independente) e António Parada (que abandonou o PS para ser candidato independente, com apoio do CDS-PP).

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