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"É preciso estimular pernas do Governo a andarem para a frente"

O secretário-geral do PCP afirmou hoje que, no âmbito das negociações para o Orçamento do Estado para 2018, uma das tarefas é impedir que as pernas do Governo enfraqueçam e deixem de andar para a frente.

"É preciso estimular pernas do Governo a andarem para a frente"
Notícias ao Minuto

23:56 - 09/09/17 por Lusa

Política Jerónimo de Sousa

Jerónimo de Sousa falava em Santa Iria de Azóia no encerramento de um comício de apoio à reeleição do ex-líder parlamentar do PCP Bernardino Soares para a presidência da Câmara de Loures.

Na quarta-feira, na Assembleia da República, o primeiro-ministro, António Costa, colocou limites a medidas de nova despesa no Orçamento do Estado para 2018, dizendo que Portugal não pode dar passos maiores do que as pernas e que os progressos têm de ser sustentáveis.

O secretário-geral do PCP, na segunda parte da sua intervenção, dedicada às exigências dos comunistas para 2018, reagiu: "Diz-se que não se pode dar o passo maior do que a perna".

"Pois, esta linha de reposição, de defesa e conquista de direitos tem de continuar. Não queremos que alguns enfraqueçam as pernas e deixem de andar para a frente. Cá estaremos para dar esse estímulo na linha de reposição de direitos", observou Jerónimo de Sousa.

No ponto relativo às negociações do próximo Orçamento, Jerónimo de Sousa voltou a colocar como questões centrais o descongelamento das carreiras dos trabalhadores da administração pública em 2018 e o aumento das pensões num mínimo de dez euros, a par da fixação do salário mínimo nacional em 600 euros.

Já em matéria de revisão dos escalões de IRS, o líder comunista criticou as palavras hoje proferidas pela presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, que exigiu que este processo beneficie todos os contribuintes em 2018.

"Como os camaradas sabem, o PCP está a lutar no quadro das negociações com o PS para desagravar fiscalmente as famílias com menos rendimentos, mas, ouvindo hoje em direto a senhora deputada [Assunção] Cristas, registámos esta coisa espantosa", começou por referir Jerónimo de Sousa.

Segundo o secretário-geral do PCP, "a senhora deputada [do CDS-PP] não é de modas, pois acha bem a baixa do IRS, mas não só para os que ganham 600, 700 ou 800 euros por mês".

"Quer uma baixa para todos, incluindo os que ganham 30 milhões de euros por ano. É esta a imagem que ficou daqueles quatro anos em que o Governo PSD/CDS infernizou a vida aos portugueses. Felizmente foram-se embora e felizmente as coisas estão a melhorar, embora não de forma suficiente", concluiu o líder do PCP.

No plano autárquico, o secretário-geral do PCP manifestou-se confiante que a CDU vai voltar a vencer em Loures "com mais votos e mais mandatos".

Antes, o presidente da Câmara de Loures já tinha advertido que o PS, em caso de derrota, prepara-se para "boicotar a ação da autarquia", razão pela qual a CDU necessita de "ganhar por muitos votos para ter estabilidade em termos de condições de trabalho".

Bernardino Soares criticou também o "discurso de extrema-direita" do candidato do PSD à presidência da Câmara de Loures, André Ventura.

"O populismo e a demagogia não resolvem problemas, aproveitam-se apenas dos problemas para efeitos eleitorais", advertiu o ex-presidente do Grupo Parlamentar do PCP.

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