Pai de Driss e Moussa Oukabir: "O imã enlouqueceu os meus filhos"
O pai de Driss e Moussa Oukabir deu uma entrevista ao El Mundo, onde se revela incrédulo com as atitudes do filho de 17 anos e pede desculpa.
© Reprodução El Mundo
Mundo Barcelona
"Lamento muito, mesmo muito”, indicou Said, pai de Driss e Moussa Oukabir, dois nomes envolvidos nos atentados de Barcelona. Moussa Oukabir, de 17 anos de idade, fazia parte da célula jihadista de Ripoll e foi abatido em Cambrils pelas autoridades. O seu irmão mais velho, Driss Oukabir, de 28 anos, foi o primeiro nome a ser ligado ao atentado mas entregou-se na esquadra da polícia em Ripoll, alegando que o irmão lhe roubara a identidade. Continua detido.
“A última vez que falei com Moussa foi há dois meses. Disse-me que no dia 20 de agosto vinha ver-me a Marrocos. Mas não voltou a falar comigo e nunca mais atendeu o telefone. Não sabia o que se estava a passar. Agora sei. Manipularam-no e converteram-no noutra pessoa, num assassino de inocentes”, afirmou o homem, que estava em Marrocos para um casamento, em entrevista ao El Mundo.
Said defende o filho: “Era muito bom, de verdade, era o filho que mais se preocupava comigo e não tinha nenhum vício mau. O imã da mesquita de Ripoll é que lhe meteu essas ideias loucas na cabeça”. Said refere-se a Abdelbaki Es Satty, imã de Ripoll.
Sobre Driss, aparente não ter nenhuma informação. “Esteve aqui no início de agosto mas esteve só no norte e nem me ligou. Que lhe aconteceu? Ele também está envolvido?”, questionou.
Um primo da família, que vive em França mas que está também em Marrocos, demarca-se da atitude de Moussa Oukabir. “Um ataque contra turistas e contra gente inocente é demasiado cobarde, quando viajo até Marrocos costumo parar em Barcelona, gosto dessa cidade, sou um turista também. Agora imagino como será o meu regresso a França daqui a uns dias, com este apelido [Oukabir] e com tudo o que aconteceu”.
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