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Responsabilidades em Pedrógão Grande "não ficarão solteiras"

O primeiro-ministro garantiu hoje, em entrevista ao jornal Expresso, que serão apuradas responsabilidades em relação a Pedrógão Grande, mas insistiu que a tragédia em que 64 pessoas morreram "não é o padrão" no desempenho da proteção civil.

Responsabilidades em Pedrógão Grande "não ficarão solteiras"
Notícias ao Minuto

07:43 - 19/08/17 por Lusa

Política António Costa

"O que aconteceu em Pedrógão é um fenómeno único na sua dimensão de tragédia humana, que nos marcará para sempre. Felizmente, não é o padrão de avaliação do desempenho do nosso sistema de proteção civil. Não posso dizer que um sistema que extingue 81% dos incêndios em menos de 90 minutos não funciona", pode ler-se numa entrevista publicada hoje.

Defendendo a decisão de manter as suas férias uma semana depois do incêndio, Costa argumentou que "no exercício de funções executivas há boas e más notícias": "É tão absurdo achar que é mérito do Governo a vitória do Festival da Eurovisão como achar que é demérito do Governo não evitar um fenómeno natural".

António Costa sublinhou que "não há nada que possa desvalorizar o que aconteceu em Pedrógão", mas falou de aproveitamento político da tragédia.

"Se é verdade que a culpa não pode morrer solteira, também é inaceitável arranjar casamentos de conveniência para a culpa para resolver o problema do ponto de vista político e mediático", criticou.

Para o primeiro-ministro, é necessário que as responsabilidades sejam apuradas "de forma rigorosa", e para isso conta com a comissão técnica independente da Assembleia da República.

"É importantíssimo para mim conhecer as conclusões da comissão técnica independente. Temos esses relatórios em outubro e não será tarde para tomar medidas (...) As responsabilidades apuram-se pela forma própria. Aguardemos serenamente que elas sejam apuradas. Não ficarão solteiras", afirmou.

Na entrevista ao Expresso, o primeiro-ministro falou também sobre o desenvolvimento da economia, que considerou positivo, mas apontou como um "duplo mau sinal" o aumento do crédito à habitação.

"É sinal de que não estamos a mudar de paradigma da casa própria para o arrendamento, e é sinal de que a banca não está a mudar de paradigma do financiamento ao consumo e à habitação para aquilo que é essencial, que é o financiamento à economia", defendeu.

Olhando para fora, Costa comentou a eleição do novo Presidente francês, Emmanuel Macron, como uma "lufada de ar fresco para a Europa". "Espero que se mantenha esta dinâmica inspiradora para o futuro da Europa", afirmou.

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