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Marcelo avisa: "Vamos lá ver se é possível pôr todos a pensar no mesmo"

O Presidente da República quer que haja "uma convergência quanto à floresta entre políticos, parceiros económicos e sociais". António Costa considera que alerta de risco do próximo fim-de-semana é dos "maiores".

Marcelo avisa: "Vamos lá ver se é possível pôr todos a pensar no mesmo"
Notícias ao Minuto

22:59 - 17/08/17 por Notícias Ao Minuto

País Incêndios

Dois meses passados sobre o incêndio de Pedrógão Grande que fez 64 vítimas mortais, Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa deslocaram-se a Pedrógão, onde estiveram reunidos com sete presidentes de Câmara dos municípios afetados pelo incêndio.

No final os dois líderes nacionais prestaram declarações aos jornalistas.

Marcelo começou por falar do processo de reconstrução que, admitiu, será mais "mais lento do que o que eu tinha imaginado" e a conclusão poderá acontecer mais tarde do que calculou. "Eu tinha falado em Natal, mas falando com arquitetos, com os presidentes da Câmara, explicaram-me que talvez fosse concluído em março".

O Presidente voltou a repetir que "o país não se vai esquecer, não apenas daquilo que aconteceu, mas também daqueles que aqui vivem e que estão a fazer renascer o que sofreu destruição e tragédia".

Depois Marcelo deixou um aviso, principalmente dirigido aos políticos. "Há um momento em que todos estão comovidos e emocionados. Todos mais ou menos parecem dizer o mesmo, mas depois quando chega à altura de pôr de pé a solução para o problema, afinal não estavam a pensar no mesmo. Estavam a pensar em coisas diferentes. Vamos lá ver se é possível pôr todos a pensar no mesmo", disse Marcelo.

"É preciso ir mais longe e haver uma convergência quanto à floresta entre políticos, parceiros económicos e sociais", insistiu o Presidente.

Uma posição partilhada por António Costa que disse que "uma floresta sem donos conhecidos, uma floresta abandonada, uma floresta que não gera rendimentos é uma floresta que não fixa populações, não gera riqueza, não gera emprego", algo que não interessa a ninguém.

"Ou ordenamos esta floresta e podemos ter uma floresta que pode ser uma fonte de riqueza para o país, para esta região, para as populações que aqui temos; ou, como disse o presidente de Castanheira de Pera, porventura, estaremos aqui daqui a uns anos a lamentar novas tragédias", reforçou o primeiro-ministro.

O líder do executivo manifestou "muita esperança" de que a comissão técnica independente de análise do incêndio de Pedrógão Grande "não se limite a abordar o que aconteceu em Pedrógão Grande, em Castanheira de Pera e em Figueiró dos Vinhos, mas que procure expressar o grande consenso técnico que existe em matéria de reforma florestal".

António Costa disse esperar que esse consenso técnico "permita ajudar a consolidar um consenso político", notando que os sete concelhos afetados pelo incêndio têm formações políticas diferentes, mas que isso não impediu "um consenso absoluto" dos autarcas "sobre aquilo que é necessário fazer" em relação à floresta.

O primeiro-ministro mostrou-se ainda convencido que uma alteração da atual "conjuntura" pode ajudar a alargar o consenso político.

"A conjuntura é a que é e, quando a conjuntura for outra, estou convencido (...) que vai ajudar a que esse consenso político se alargue", vincou o primeiro-ministro, que falava aos jornalistas no final de uma reunião com os presidentes dos municípios afetados pelos incêndios de Pedrógão Grande e de Góis, em Castanheira de Pera.

Marcelo aproveitou ainda para demonstrar o seu apoio às populações que estão a ser afetadas por incêndios nesta altura. "Uma palavra solidária a todos aqueles no país que estão a enfrentar situações difíceis".

Já António Costa alertou para o risco para o próximo fim-de-semana provocado pelo aumento das temperaturas. "Alerta de risco para o próximo fim-de-semana é dos maiores que já tivemos", afirmou o primeiro-ministro, acrescentando que as autoridades já se estão a preparar para essa situação.

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