Portugal vende mil milhões em dívida com juros mais baixos de sempre
Os Bilhetes do Tesouro a três e 11 meses foram colocados nas mãos dos investidores interessados com custos abaixo de zero.
© Global Imagens
Economia Mercado
Esta quarta-feira, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública [IGCP] organizou mais um leilão de Bilhetes do Tesouro e o resultado final foi muito positivo.
Portugal conseguiu vender os mil milhões de euros que definiam o limite mais elevado do intervalo definido pelo IGCP, com taxas historicamente baixas e uma procura que superou largamente a oferta.
Nos Bilhetes do Tesouro a três meses, Portugal conseguiu juros médios de -0,348% nos 250 milhões de euros vendidos, uma queda face à última emissão comparável de 21 de junho (-0,337%). A procura foi quatro quatro vezes maior do que o valor oferecido.
Nos títulos a 11 meses, as taxas caíram para -0,291% - em comparação com os -0,264% da anterior emissão comparável - para os 750 milhões de euros vendidos. Neste prazo, a procura foi 2,447 vezes superior à oferta.
A dívida portuguesa continua a viver a melhor época de sempre, fruto de uma estabilização económica nacional e do contexto muito favorável na zona euro. Com custos de financiamento historicamente baixos, os investidores estão dispostos a pagar taxas cada vez mais negativas pelas obrigações europeias e Portugal tem aproveitado.
"A perceção de risco da dívida portuguesa continua a baixar, numa trajetória que vem já desde o início do ano. Hoje, voltámos a ter taxas em mínimos históricos e negativas em ambos os prazos. Na emissão de dívida a 11 meses notámos uma procura bastante forte", refere João Queiroz, do Banco Carregosa.
"Apesar de hoje, pontualmente, as taxas no mercado estarem a subir, ainda que ligeiramente, no geral a tendência é de queda e os resultados dos leilões de hoje seguem essa tendência. Basta ver que a dívida a 10 anos está a custar um juro de 2,789%, quando no início do ano nos custava 4,23% e o mínimo foi nos 2,74%. A dívida portuguesa está a pagar os juros mais baixos de sempre ou muito próximos desses valores", garante o diretor da banca online do Carregosa.
[Notícia atualizada às 11h40]
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