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"Este juiz, sem querer, veio beneficiar politicamente Isaltino Morais"

O comentador abordou o caso de Isaltino Morais e analisou o aumento do número de independentes a concorrer para as eleições autárquicas.

"Este juiz, sem querer, veio beneficiar politicamente Isaltino Morais"
Notícias ao Minuto

22:57 - 13/08/17 por Pedro Bastos Reis

Política Marques Mendes

No seu espaço habitual de comentário na SIC, Luís Marques Mendes analisou o caso de Isaltino Morais, que, na semana passada, viu a sua candidatura às eleições autárquicas ser rejeitada pelo Tribunal de Oeiras. Para o comentador, o juiz Nuno Tomás Cardoso devia ter-se afastado do caso devido à sua proximidade com o atual presidente e candidato à Câmara de Oeiras, Paulo Vistas.

“Quando há uma suspeição, quando há um conflito de interesses, o juiz deve pedir escusa. É o princípio da mulher de César: não chega ser sério, é preciso também parecer-se”, justificou Marques Mendes, admitindo que Isaltino Morais tem razão neste caso uma vez que o que está em causa é “uma questão ética”.

O comentador foi mais longe na sua análise ao considerar que, involuntariamente, o juiz Nuno Tomás Cardoso acabou por beneficiar a candidatura de Isaltino Morais . “Este juiz, sem querer, veio a beneficiar politicamente Isaltino Morais, que, nesse plano, deve estar contente. Neste momento, aos olhos das pessoas, Isaltino Morais é considerado uma vítima desta decisão e deste juiz”.

“Como sabemos, em Portugal, ser-se vítima, ser-se coitadinho, dá, normalmente, resultado. Se neste processo judicial Isaltino acabar por ter razão, acabar por ganhar o processo, acho que depois a sua campanha eleitoral vai ser um passeio e a sua eleição vai ser uma coroação”, sublinhou Marques Mendes, que reconhece ainda que, na eventualidade de Isaltino Morais perder o caso em tribunal, sairá bem na fotografia na mesma, uma vez que poderá alegar como justificação o facto de ter sido afastado das eleições por um juiz com ligações familiares ao seu principal adversário.

"Falsos independentes"

Marques Mendes comentou ainda o aumento do número de independentes a concorrer às próximas eleições autárquicas, que estão marcadas para o próximo dia 1 de outubro, sublinhando o facto de muitos candidatos não o serem totalmente.

“Em grande medida, são falsos independentes. Não são emanação da sociedade civil, são dissidentes dos partidos. Nesse quadro, eu diria que há um lado positivo de ter mais listas independentes do que no passado, porque valoriza a democracia local, mas são em grande medida são falsos independentes”, afirmou o comentador.

Marques Mendes referiu-se ainda à diminuição da influência dos partidos, enfraquecidos por divisões internas. “Há também um sinal de alguma fragilidade dos partidos, há muitas divisões”, reiterou o comentador, realçando que, nas eleições autárquicas, “contam mais as pessoas do que os partidos”.

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