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Mais uma baixa no Governo de António Costa. Nuno Barreto foi exonerado

Adjunto do secretário de Estado das Comunidades deixará o Governo após ter viajado a convite da Huawei.

Mais uma baixa no Governo de António Costa. Nuno Barreto foi exonerado
Notícias ao Minuto

21:26 - 10/08/17 por Goreti Pera com Anabela de Sousa Dantas

Política Governo

Nuno Barreto foi exonerado. O adjunto do secretário de Estado das Comunidades colocou o lugar à disposição, informa o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado enviado às redações.

"Tendo o adjunto Nuno Miguel Jorge Barroso de Almeida Barreto hoje colocado o seu lugar à disposição do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, foi o mesmo exonerado, nesta data, das suas funções", dá conta o ministério.

A exoneração do membro do Executivo ocorre dias depois de o Ministério Público ter anunciado que estaria a recolher elementos relativos a viagens à China pagas pela Huawei a governantes e deputados portugueses.

Essas mesmas viagens ocorreram já depois de aprovado o código de conduta que proíbe governantes e chefes de gabinete de aceitar ofertas superiores a 150 euros.

Ao jornal Observador, Nuno Barreto admitiu que a estadia nos vários dias em que esteve na China foi paga pela empresa tecnológica, salvaguardando que ficaram a seu cargo as viagens de avião. Ora, excedendo a quantia paga pela Huawei os 150 euros, está em causa o não cumprimento do código de conduta.

A exoneração de Nuno Barreto ocorre depois de três secretários de Estado do Executivo de António Costa terem abandonado funções. O secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, Fernando Rocha Andrade, o secretário de Estado da Internacionalização,  Jorge Costa Oliveira, e o secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, aceitaram os convites da Galp para viajar até França para assistir ao Euro 2016.

As viagens aconteceram numa altura em que a Galp tinha um contencioso de mais de 100 milhões de euros com o Estado português, por se recusar a pagar a contribuição extraordinária sobre os ativos da energia. Os ex-governantes são suspeitos do crime de recebimento indevido de vantagem. O caso ficou conhecido como Galpgate.

[Notícia atualizada às 22h00]

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