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Governador de Guam diz que a ilha está equipada para enfrentar ameaças

O governador de Guam disse hoje que o posto avançado estratégico norte-americano no Pacífico está "perfeitamente equipado" para enfrentar um ataque norte-coreano graças às infraestruturas que resistem a sismos e tufões.

Governador de Guam diz que a ilha está equipada para enfrentar ameaças
Notícias ao Minuto

12:22 - 10/08/17 por Lusa

Mundo Conflito

O regime de Pyongyang divulgou publicamente o plano de lançamento de quatro mísseis contra Guam, território no oceano Pacífico incorporado nos Estados Unidos, onde estão instaladas importantes bases militares.

Não é a primeira vez que a Coreia do Norte ameaça Guam, ilha habitada por 162 mil habitantes com cidadania norte-americana, além dos seis mil soldados estacionados nas bases militares.

O governador Eddie Calvo afirmou que a ilha está "habituada" a ser um centro de atenções devido à presença dos militares.

"É preciso perceber que Guam continua a ser aquilo que é há décadas: um território dos Estados Unidos e um importante ponto estratégico numa região muito dinâmica", disse o governador.

"Nós estamos preparados para qualquer eventualidade, mais do que qualquer outra comunidade norte-americana", sublinhou.

Calvo não se referiu a planos de defesa, mas na ilha estão instaladas uma base aérea, uma base naval e um sistema de proteção antimísseis "sofisticado" (sistema THAAD), capaz de destruir mísseis de vários tipos.

Por outro lado, frisou o governador, o território está dotado de um sistema de coordenação de catástrofes que foi instalado depois do sismo de magnitude 8,3 que atingiu Guam na década passada.

De acordo com a France Presse, os habitantes da capital do território, Hagatana, não parecem temer as ameaças norte-coreanas, depois de Pyongyang ter anunciado a intenção de fazer disparos para zonas próximas da ilha.

"Se isso acontecer, aconteceu", disse à AFP Loiue Joyce, uma jovem de 20 anos, enquanto fazia compras em Hagatana.

"Isso mete medo? Sim, mas o que é que nós podemos fazer. Nós vivemos numa pequena ilha. Não há nenhum sítio para onde nos possamos esconder, em caso de ataque", acrescentou.

Guam, ocupada pelo Japão durante a Segunda Guerra Mundial, foi a base utilizada para o envio de bombardeiros B-52 nos ataques contra Hanói durante a guerra do Vietnam (1955-1975).

Economicamente, Guam depende da presença dos militares, mas também do turismo que gera uma grande parte dos empregos.

As praias, os complexos hoteleiros e os estabelecimentos comerciais livres de impostos atraíram mais de meio milhão de visitantes em 2016, sobretudo japoneses e sul coreanos.

"A vida continua no paraíso", afirma Tyquengco, diretor de marketing do Gabinete de Turismo de Guam.

"Não tenho conhecimento de eventuais cancelamentos de visitas. Neste momento estamos na estação alta. O 'caso norte-coreano' não está a afetar, de momento, o turismo na ilha", declarou.

Mesmo assim, o jornal Guam Daily Post escreveu em editorial que apesar de os habitantes estarem habituados a ameaças, neste momento, a situação é atualmente mais precária "porque há um comandante das Forças Armadas, na Casa Branca, fogoso e sem sangue frio", referindo-se ao presidente Donald Trump.

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