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Serão estes alimentos menos super do que acreditamos?

Alguns alimentos ganharam nos últimos anos o rótulo de super pelas propriedades que possuem. Mas serão assim tão bons quanto pensamos?

Serão estes alimentos menos super do que acreditamos?
Notícias ao Minuto

08:20 - 07/08/17 por Daniela Costa Teixeira

Lifestyle Nutrição

Falar em nutrição nos dias de hoje implica quase sempre falar em superalimentos, isto é, em alimentos que, mesmo em pequenas quantidades, oferecem um vasto leque de nutrientes e são, por isso, importantes benefícios para a saúde.

Entre os superalimentos da moda estão alguns ainda pouco conhecidos - como a maca, a spirulina, o matcha e a clorela -, mas também alguns bens comuns na alimentação diária, como é o caso do vinho tinto e do vinagre de sidra. Mas serão os superalimentos assim tão super ou apenas uma estratégia de marketing ou mais uma moda alimentar?

A questão é colocada pelo site Mind Body Green, que deixa de parte os alimentos com nomes 'estranhos' e foca as atenções em alimentos mais comuns que agora viraram 'estrelas' um pouco por todo o mundo... mas que, afinal, não merecem tal estatuto. Vejamos três que são bem comuns na casa dos portugueses.

Comecemos pelo vinho tinto, o elixir de Baco que tem propriedades benéficas para a saúde... mas que está longe de ser super por causa disso. Recorrendo a vários estudos sobre esta bebida, a publicação destaca que apenas é possível obter todos os benefícios do resveratol (que existem, como é o caso aumento do colesterol bom, queda do mau e redução do risco cardiovascular) se forem ingeridas grandes quantidades de vinho tinto por dia. Além disso, o vinho tinto é uma bebida calórica e para que seja de qualidade é preciso que a produção seja a melhor, o que fica caro e faz com que o preço por unidade não esteja ao alcance de todos. Resultado? Compra-se vinho menos bom que aposta no açúcar para obter o melhor sabor.

Também o vinagre de sidra não é assim tão fantástico como as pessoas acreditam. Apesar de ser detentor de um sem fim de benefícios (onde se inclui a capacidade de combater a gordura acumulada), a publicação destaca que são já vários os estudos que apontam para a pobreza nutricional dos vinagres produzidos industrialmente, que são os mais comummente comprados e que tendem a ter menos propriedades benéficas do que aqueles que são oriundos de produções orgânicas. 

Em voga nos dias de hoje, também o óleo de coco pode ser um bom alimento, mas não um superalimento. Aqui, a justificação prende-se ao facto de se tratar de um alimento com alto teor de gordura saturada, que não deixa de ser uma gordura má para a saúde, mesmo tratando-se de um produto de origem vegetal e muitas vezes  de produção biológica. O óleo de coco tornou-se popular nos dias de hoje, mas a verdade é que não consegue fazer frente ao merecido estatuto de melhor gordura que o azeite conseguiu alcançar.

Menos comuns na alimentação portuguesa - pelo menos até este 'boom' de nutrição -, também a quinoa e as bagas de goji parecem estar a usufruir de um estatuto que não lhes é merecido, tal como acontece com os iogurtes e as claras de ovo.

Todos estes alimentos são, de facto, benéficos para a saúde quando consumidos com a devida moderação, no entanto, acreditar nos seus superpoderes pode levar a uma ingestão excessiva dos mesmos, algo que não só deita por terra toda e qualquer capacidade benéfica, como pode mesmo dar origem a problemas de saúde.

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