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Odebrecht vende participação em mina de diamantes de Angola

O grupo Odebrecht, envolvido no escândalo de corrupção no Brasil, acertou a venda da participação de 16,4% na Sociedade Mineira de Catoca, que explora a quarta maior mina de diamantes a céu aberto do mundo, no leste de Angola.

Odebrecht vende participação em mina de diamantes de Angola
Notícias ao Minuto

17:10 - 02/08/17 por Lusa

Economia Brasil

A informação foi confirmada hoje à agência Lusa, em Luanda, por fonte da Empresa Nacional de Prospeção, Exploração, Lapidação e Comercialização de Diamantes de Angola (Endiama), concessionária nacional para o setor diamantífero angolano e que detém uma quota de 32,8% na mesma sociedade.

De acordo com a mesma fonte, a compra da quota da Odebrecht será feita pela Sociedade Mineira de Catoca, pelo que os 16,4% podem depois vir a ser distribuídos, em proporção não revelada, pelos restantes acionistas, que incluem ainda - além da Endiama - os russos da Alrosa (32,8%) e os chineses da LLI (18%).

Oficialmente, ainda nenhuma das empresas acionistas da Sociedade Mineira de Catoca se pronunciou sobre este negócio.

A mina de Catoca está avaliada em mais de 1,8 mil milhões de dólares (1.520 milhões de euros), pelo que a quota da Odebrecht pode valer mais de 250 milhões de euros, valores que a fonte da Endiama contactada pela Lusa não comenta.

Em operação desde 1997, a Sociedade Mineira de Catoca assegura a prospeção, extração e comercialização dos diamantes da mina com o mesmo nome, na província da Lunda Sul, no leste de Angola, responsável por 75% da produção diamantífera anual angolana.

Alguma imprensa brasileira reconhece a necessidade de a Odebrecht encaixar, com a venda de vários ativos em todo o mundo, cerca de 3,8 mil milhões de dólares (3.200 milhões de euros), para fazer face aos custos com o processo judicial "Lava Jato".

Para além do kimberlito de Catoca que explora na província angolana da Lunda Sul, aquela sociedade mineira tem uma participação maioritária noutras concessões diamantíferas em Angola, como a do Luemba, Gango, Quitúbia, Luangue, Vulege, Tcháfua e Luaxe. Esta última é considerada como o maior kimberlito do mundo e deverá iniciar a exploração em 2018.

Os diamantes renderam a Angola 1.082 milhões de dólares (910 milhões de euros) em 2016, uma redução de 100 milhões de dólares (85 milhões de euros) comparativamente a 2015, segundo dados do Ministério da Geologia e Minas de Angola.

A produção total de diamantes atingiu os 8.934.000 quilates, correspondente a 99,21% da meta corrigida de 2016.

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