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"Só faltou dizer que assaltantes foram queridos, que limparam armazém"

Marques Mendes recorda, a propósito do caso Tancos, que a relação da instituição militar e os Governos deve ser uma relação de "cooperação" e não de "subserviência" e "submissão".

"Só faltou dizer que assaltantes foram queridos, que limparam armazém"
Notícias ao Minuto

21:59 - 16/07/17 por Melissa Lopes

País Marques Mendes

Marques Mendes analisou os temas quentes da semana no seu habitual espaço de comentário na SIC. O assalto a Tancos foi um desses temas, em concreto as declarações de Pina Monteiro, Chefe de Estado Maior das Forças Armadas (FA).

Marques Mendes não gostou das declarações de Pina Monteiro, que utilizou expressões como "soco no estômago" e "militares a levantar a cabeça" depois do assalto a Tancos. "Não gostei. Declarações desta natureza não prestigiam a instituição militar. Tenho grande admiração pelo general Pina Monteiro, mas acho que estas declarações são surpreendentes", começou por dizer o comentador.

Em primeiro lugar, sublinhou, "pela linguagem" usada. "Falar em socos no estômago ou em militares a levantar a cabeça parece-me uma linguagem mais de jogador de futebol do que de um oficial general".

Em segundo lugar, "pela contradição". "Durante muitos dias andou a dizer-se que o assalto a Tancos era muito grave - e com razão . De repente vem-se tentar desvalorizar e dizer que o material roubado não valia mais de 34 mil euros, e que era material para sucata, só faltou quase dizer que os assaltantes foram uns queridos, que até ajudaram de borla a limpar o armazém e o paiol de Tancos", ironizou Marques Mendes.

Depois, e "falando mais a sério", Marques Mendes viu naquelas declarações uma tentativa de "desvalorizar o que aconteceu e baixar a pressão". "Os militares tentaram ser simpáticos com o Governo, mas convinha recordar que o papel da instituição militar não é ser simpática nem antipática com o Governo, é ter a sua autonomia e preservar a sua independência. A instituição militar é do Estado, não é dos Governos. Em relação aos Governos deve haver uma relação cooperação e não uma relação de subserviência e de submissão".

"A bem do prestígio da instituição militar, espero que estas declarações não se repitam", concluiu.

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