Azeredo Lopes e chefes das Forças Armadas têm "toda a confiança" de Costa
O primeiro-ministro afastou, esta terça-feira, a hipótese de uma eventual demissão do ministro da Defesa ou das chefias das Forças Armadas como sequência do roubo de material militar em Tancos.
© Lusa
Política Reunião
Depois da reunião em São, António Costa pôs de parte a hipótese de demitir o ministro da Defesa, Azeredo Lopes, e as chefias das Forças Armadas na sequência do furto de material militar em Tancos. O primeiro-ministro reiterou a confiança no seu ministro e no Estado Maior das Forças Armadas.
"O que é essencial é que o ministro da defesa tem toda a confiança do primeiro-ministro no exercício das suas funções", disse António Costa.
O primeiro-ministro também manifestou "total confiança nos chefes das Forças Armadas" e disse que acredita que "terão sito tiradas todas as lições" desta grave situação.
António Costa aproveitou para agradecer "a hombridade das Forças Armadas e, em particular, o chefe do Exército que assumiu as responsabilidades relativamente a esta matéria".
António Costa destacou aos jornalistas que depois de ter tomado conhecimento do roubo de material militar a Tancos "foram acionados mecanismos próprios da segurança interna, designadamente a reunião da unidade de coordenação anti-terrorista, que contou aliás com a presença do chefe general das Forças Armadas, na qual foi feita uma primeira avaliação e onde foi verificado com grande probabilidade que este acontecimento não teria impacto na segurança interna e, designadamente, de associação a qualquer atividade terrorista nacional e internacional".
O primeiro-ministro acrescentou que "ao longo desta semana, não só foi possível fazer uma avaliação mais pormenorizada do material que foi roubado, mas também da sua natureza, do seu valor".
"Fez-se um exercício por parte dos diferentes ramos das Forças Armadas do levantamento no que respeita às vulnerabilidades existentes no conjunto das instalações militares. Tendo sido identificado o que era necessário identificar, foram [então] tomadas as medidas que permitem hoje aos chefes militares assegurarem ao país a segurança do conjunto das instalações militares", referiu o primeiro-ministro.
António Costa não esqueceu o papel dos militares durante os incêndios no centro do país. "Agradeço atuação dos militares durante incêndios e na ajudas às populações. Portugal deve muito às suas Forças Armadas e portugueses devem respeitar e admirar as nossas Forças Armadas".
Estas declarações de Costa foram proferidas aos jornalistas em São Bento no final de uma reunião de duas horas e 20 minutos sobre segurança em instalações militares com o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (Artur Pina Monteiro), com os chefes dos três ramos militares, Exército (Rovisco Duarte), Armada (Silva Ribeiro) e Força Aérea (Manuel Teixeira Rolo), e com o ministro da Defesa, Azeredo Lopes.
A reunião tinha sido anunciada ontem e aconteceu duas semanas depois do assalto à base de Tancos.
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