Polícia abate mulher negra grávida na presença dos filhos
Já foi aberta uma investigação à conduta dos agentes da autoridade.
© iStock
Mundo Seattle
A forma de agir da polícia norte-americana face à comunidade negra volta a ser notícia e, mais uma vez, pelos piores motivos.
Charleena Lyles ligou para a polícia, no domingo de manhã, dando conta de um roubo na sua residência em Seattle. Os agentes dirigiram-se para o local e ao chegarem a mulher convidou-os a entrar, explicando que a Xbox havia sido roubada e que uma mala com roupa estava remexida.
De acordo com o que se ouve no áudio das comunicações da polícia, a que o New York Times teve acesso, a situação que até estava calma, escalou de um momento para o outro.
“Para trás, para trás”, gritou um dos polícias ao que Charlene respondeu: “Preparem-se”.
Depois um agente diz ao outro para atingir a mulher com um taser, mas nenhum dos polícias tinha a arma para isso.
Segundos depois ouvem-se, pelo menos, cinco disparos de uma arma de fogo, que acabaram por matar a mulher. Dentro da habitação estavam os seus quatro filhos e os familiares garantem que Charleena estava grávida de três meses.
De acordo com a polícia, a mulher pegou numa faca, o que terá levado os agentes a reagirem. A família revela que a Charleena tinha problemas mentais resultantes de anos de abusos.
“Eu não sei se a minha irmã tinha uma faca ou não. Mas mesmo que tivesse, ela era tão pequena… Não há nenhuma razão para que dois polícias treinados a tivessem abatido desta forma”, disse ao New York Times Monika Williams, irmã da vítima.
Segundo o mesmo jornal, o departamento da polícia de Seattle retirou os dois agentes do serviço de patrulha e colocou-os em serviços administrativos.
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