Défice de 2017 em risco de derrapar, diz primeiro-ministro francês
O primeiro-ministro francês, Edouard Philippe, admitiu hoje o risco de o défice orçamental do país ultrapassar este ano o limite dos 3% do Produto Interno Bruto (PIB) exigido aos países da zona euro.
© Reuters
Mundo Édouard Philippe
"Recebi uma série de informações que me deixam a pensar que os 2,8%" previstos para este ano pelo anterior Governo "não vão ser atingidos", reconheceu o primeiro-ministro francês ao canal BFMTV.
Questionado sobre se o défice pode derrapar até aos 3%, o limite europeu, o governante respondeu: "Prefiro que não (...), mas penso que o risco existe".
A Comissão Europeia colocou a França sob vigilância, estimando que o seu défice público ficaria acima do limiar dos 3% do PIB em 2017, apesar dos compromissos assumidos.
Nomeado pelo Presidente centrista Emmanuel Macron, mas a partir das fileiras da direita, Edouard Philippe ordenou para o fim de junho uma auditoria do Tribunal de Contas sobre a situação orçamental.
O governante estima que o Governo socialista tomou nos meses precedentes à sua saída diversas decisões que acabaram por fazer derrapar as finanças públicas.
Medidas corretivas deverão "provavelmente" ser tomadas, adiantou o primeiro-ministro, sem precisar quais as áreas em que as poupanças vão ser propostas pelo executivo.
Paris já obteve dois prolongamentos em dois anos -- em 2013 e 2015 -- para reduzir o seu défice orçamental abaixo dos 3% e a Comissão Europeia excluiu novo prolongamento para a França, que com a Espanha são os países da zona euro sob ameaça de procedimento por défice excessivo.
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