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Apoiantes de Trump interrompem peça. Presidente surge como Júlio César

Apoiante de Trump subiu ao palco e disse que peça era “violência contra Donald Trump”. Outro apoiante gritou que “o sangue de Steve Scalise está nas mãos” do público que assistia à peça.

Apoiantes de Trump interrompem peça. Presidente surge como Júlio César
Notícias ao Minuto

21:50 - 17/06/17 por Notícias Ao Minuto

Cultura Estados Unidos

Uma apoiante de Donald Trump interrompeu ontem a peça ‘Júlio César’, uma produção que está em cena no Central Park. A mulher, mais tarde identificada como Laura Loomer, subiu ao palco já no final da peça, no momento em que Júlio César é assassinado, e gritou: “Isto é uma violência contra Donald Trump”. Confuso? Nem por isso.

A produção adaptou ‘Júlio César’ à atual situação política e a personagem de Júlio César está caracterizada de uma forma muito parecida com Trump. A peça, que está em cena desde 23 de maio, já tinha sido alvo de várias críticas de apoiantes de Trump e de republicanos. Torna-se assim mais fácil perceber o protesto de Laura Loomer e as suas palavras.

Mas o drama não se ficou pelo palco. Outro apoiante que estava entre o público, e que filmou estes protestos, gritou para a audiência: “Vocês são todos Goebbels. Vocês são todos nazis como Joseph Goebbels...Estão a incitar terroristas. O sangue de Steve Scalise está nas vossas mãos. Goebbels ficaria orgulhoso".

Steve Scalise é o congressista norte-americano que foi ferido esta semana num tiroteio durante um jogo de basebol entre congressistas. Scalise seria o principal alvo e encontra-se em estado crítico.

Depois dos dois protestantes terem sido retirados do local, a produção disse aos atores para continuarem a peça. “Recomecem na parte da ‘liberdade e independência’”.

No final do espetáculo o diretor Oskar Eustis respondeu às críticas a esta adaptação de Júlio César, afirmando que o teatro deve mostrar um espelho à realidade e revelar verdades desconfortáveis.

“Qualquer pessoas que tenha visto esta peça hoje...saberá que nem Shakespeare nem o Teatro Público poderiam defender a violência como solução para os problemas políticos, e certamente nunca o assassinato. Esta peça, por outro lado, alerta para o que acontece quando se tenta preservar a democracia através de meios anti-democráticos e, mais uma vez, alerta de spoiler: não acaba lá muito bem”.

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