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Candidatos do PSD-Lisboa vão assinar carta de compromisso e transparência

A candidata autárquica do PSD a Lisboa Teresa Leal Coelho anunciou hoje que todos os candidatos do partido na capital assinarão uma "carta de compromisso ético e de transparência" e assegurou que todos os lisboetas saberão onde é gasto "cada tostão".

Candidatos do PSD-Lisboa vão assinar carta de compromisso e transparência
Notícias ao Minuto

17:45 - 20/05/17 por Lusa

Política Autárquicas

"Todos os elementos que vão integrar listas às freguesias, Assembleia Municipal e Câmara, todos vão assinar uma carta de compromisso ético e de transparência, estarão todos vinculados às prioridades para os próximos quatro anos", afirmou a candidata do PSD à Câmara Municipal de Lisboa, uma das oradoras da Convenção Autárquica Distrital do partido.

Dizendo que a "primeira prioridade" será a ação social, Teresa Leal Coelho explicou que este documento conterá também um compromisso de transparência: "Cada despesa que seja efetiva em cada junta e na Câmara Municipal de Lisboa será publicitada em edital trimestral".

Segundo a candidata social-democrata, "cada freguês ou cada munícipe poderá saber para onde foi cada tostão do orçamento da camara ou da junta".

"O cidadão saberá se aquelas verbas serviram para ação social, para promover habitação, centros de saúde ou se para fazer arraiais e festas, que também são necessários mas que não se podem fazer como prioritários", disse Teresa Leal Coelho.

Num painel que partilhou com os candidatos do PSD a Oeiras, Ângelo Pereira, e a Cascais, Carlos Carreiras, acusou o Governo de melhorar as contas do défice à custa do metro de Lisboa e de conseguir 'segurar' o compromisso governativo com o PCP graças à municipalização da Carris.

"A degradação do metro decorre das opções no âmbito do Governo com as cativações, que implicam retirar carruagens, espaçar tempo de passagem, o que tem tido um custo excessivo para os munícipes", afirmou, dizendo que o Governo "diminui o défice e quem se trama é o cidadão de Lisboa".

Sobre o caso da Carris, que considerou "ainda mais gritante", classificou a municipalização deste serviço como "o preço que António Costa paga para ter o PCP no Governo".

"E o preço é elevadíssimo", lamentou, criticando o presidente da câmara, o socialista Fernando Medina, por ter ido buscar à Emel (Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa) 15 milhões de euros para pagar dívida da Carris.

"Os cidadãos que trabalham e residem em Lisboa estão, por via da Emel, a pagar o preço da geringonça e esta questão deve ser denunciada com toda a clareza", acusou, dizendo que se for eleita esse financiamento acabará.

Teresa Leal Coelho explicou ainda qual será a "prioridade" da sua vereação em relação ao turismo.

"Sem querer expulsar os turistas de Lisboa, o que nós não queremos é que os turistas expulsem os lisboetas de Lisboa", disse, defendendo que têm de ser criadas novas regras para o alojamento local como aconteceu em outras cidades muito pressionadas pelo turismo.

"Se continuamos desta forma, qualquer dia a marcha de Alfama vai ter de treinar na Trafaria porque as pessoas são sistematicamente expulsas de Lisboa", ironizou.

No final, questionada pelos jornalistas se estaria atrasada em relação aos adversários na campanha, Leal Coelho respondeu que a sua candidatura tem "um 'timing' que é próprio e independente de qualquer outro candidato".

Considerando que "há tempo" para fazer campanha mediatizada - garantiu que faz há muito o levantamento dos problemas dos lisboetas - não se comprometeu com o momento para o arranque de iniciativas públicas ou para a apresentação do seu programa.

"O programa às vezes é muito reclamado e pouco lido, eu quero que o meu seja muito lido", disse.

José Eduardo Martins, que elaborou uma versão preliminar deste programa, chegou hoje à convenção ao lado de Teresa Leal Coelho.

Mauro Xavier, que se demitiu da liderança da concelhia do PSD, disse que, ultrapassadas as polémicas, o partido está unido em torno da deputada e vice-presidente do PSD.

"Claramente o projeto que Teresa Leal Coelho encabeça é melhor do que o do Fernando Medina", disse.

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