PSD questiona Governo sobre deslocação de bombeiros de comboio
O PSD questionou o Governo sobre a fundamentação do plano estratégico que prevê a deslocação de bombeiros entre Lisboa e Viana do Castelo de comboio no combate aos incêndios no próximo verão, considerando-a uma "medida avulsa".
© Lusa
Política Incêndios
"Esta semana, na Comissão de Agricultura e do Mar o Secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, anunciou que 90 bombeiros, neste verão, vão deslocar-se de Lisboa para os incêndios de Viana de Castelo de autocarro e de comboio", refere a pergunta do PSD dirigida à ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, e que deu entrada no parlamento na sexta-feira à noite.
Os sociais-democratas citam ainda que na referida audição, o Governo disse ter feito um protocolo com a CP e as "viagens serão às quartas-feiras, a partir das 06:00 e com regresso a Lisboa às 18:00" e deu como justificação evitar que as "corporações cheguem cansadas aos teatros de operações" e, ao mesmo tempo, "evitar o desgaste" das viaturas e os acidentes.
"No entender do PSD, esta medida é uma decisão avulsa e, ao que sabemos, não terá envolvido a consulta da Liga dos Bombeiros Portugueses, como, aliás, está previsto na lei", criticam, salientando que "o comboio não chega a todo o lado, sobretudo no distrito de Viana do Castelo, onde é quase um martírio viajar de comboio".
Por outro lado, o PSD sublinha que "os incêndios não têm nem dia, nem hora marcada, para além de que não se descortina como é que esta medida poderá evitar o desgaste das viaturas".
"Quando chegam ao local do incêndio onde é que estão os meios à disposição dos bombeiros? Ficaram em Lisboa ou foram deslocalizados para Viana? Há duplicação de meios de combate aos incêndios florestais?", questionam os sociais-democratas.
Nas perguntas dirigidas a Constança Urbano de Sousa, o PSD questiona ainda "se houve algum estudo prévio na base desta medida" e se o Governo a tenciona alargar a outros distritos para além de Viana do Castelo.
Jorge Gomes foi ouvido no parlamento, na quarta-feira, por ocasião da apresentação do Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais para 2017.
Nesta ocasião, o secretário de Estado da Administração Interna anunciou na comissão parlamentar de Agricultura e Mar que o financiamento à atividade operacional dos bombeiros deixa de estar limitado à época de incêndios, passando a vigorar todo o ano e a abranger outras situações de emergência, como cheias.
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