G20 quer melhorar mundo laboral para mulheres, imigrantes e refugiados
Os ministros do Trabalho do G20 comprometeram-se hoje a melhorar a ocupação das mulheres, fomentar a integração laboral de imigrantes e refugiados, reduzir a desigualdade salarial e o desemprego jovem e garantir condições dignas nas cadeias de produção internacionais.
© Reuters
Mundo Trabalho
Estes objetivos foram destacados no documento final assinado no fim da cimeira ministerial de dois dias que hoje terminou na localidade de Bad Neuenahr-Ahrweiler (oeste da Alemanha).
"Vamos trabalhar juntos para que todas as pessoas possam beneficiar da digitalização do mercado laboral e que as mulheres e homens partilhem por fim da responsabilidade do trabalho e da família", afirmou num comunicado a ministra alemã, a social-democrata, Andrea Nahles.
Face à crescente digitalização do mundo laboral e ao risco de exclusão de muitos trabalhadores, os ministros do G20 apostaram pela formação contínua e também pela proteção das novas formas de trabalho, através do controlo das condições e dos horários.
Juntamente com a digitalização, os ministros sublinharam a necessidade de melhorar a qualidade do emprego das mulheres e defenderam a adoção de regras de transparência salarial, aumento da participação das mulheres em postos de direção, a luta contra os dias com horário reduzido não desejados e a redução da presença das mulheres em setores de baixos salários e na economia informal.
Além de ratificarem a importância da inclusão laboral de imigrantes e refugiados como via para estimular o crescimento e melhorar a convivência, os ministros reiteraram a necessidade de garantir condições laborais dignas nas cadeias de produção internacionais e fornecimento.
Em relação ao emprego jovem, os ministros do Trabalho do G20 defenderam que é uma prioridade evitar a exclusão laboral dos jovens e reiteraram a importância da formação profissional.
A formação e o trabalho serão um dos eixos da Argentina ao assumir no próximo ano a presidência do grupo das principais economias do mundo e as potências emergentes, afirmou o titular do Trabalho argentino, Jorge Triaca, que se mostrou interessado em abordar o problema do desemprego, do trabalho precário e da economia paralela.
"Estamos convencidos de que os problemas que são comuns nos países em desenvolvimento podem também ocorrer nos países desenvolvidos se não encontrarmos soluções inteligentes para a integração laboral de imigrantes e refugiados", exemplificou Jorge Triaca.
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