"Cimeira Ibérica ajuda Vila Real a ganhar notoriedade"
O autarca de Vila Real defendeu hoje que a próxima Cimeira Ibérica vai dar notoriedade a Vila Real, permitindo que a cidade mostre as suas potencialidades e reforce a sua posição como "frente avançada" para o mercado luso-espanhol.
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A Cimeira Ibérica dos governos de António Costa e Mariano Rajoy decorre entre os dias 29 e 30 de maio e terá lugar em Vila Real e na região do Douro. Antes, no dia 28, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), reúnem-se também reitores portugueses e espanhóis.
O presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, disse hoje à agência Lusa que estes encontros "ao mais alto nível" vão "dar visibilidade" e "notoriedade" à cidade que defende que se tornou no "centro geodésico" do Norte de Portugal.
Por estes dias, estão a ser ultimados os preparativos para as cimeiras dos governos e dos reitores, que vão obrigar a um reforço da segurança, que contará com operacionais dos dois países.
Nas unidades hoteleiras da cidade, também já se regista, segundo o autarca, "uma boa taxa de ocupação".
No dia da inauguração do Túnel do Marão, em maio de 2016, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que o "Interior não deve ser as traseiras do Litoral, mas sim a frente mais avançada do país em relação ao mercado ibérico e centro da Europa".
Rui Santos fez suas as palavras do governante e considerou que esta cimeira "é um ato simbólico que ajuda a materializar" o lugar de centralidade de Vila Real.
"Este é o espírito que levou a que esta Cimeira Ibérica fosse realizada em Vila Real. Vila Real tornou-se o ponto de encontro entre o Litoral e o Interior", frisou.
Será nesta cidade que as universidades portuguesas e espanholas vão apresentar, pela primeira vez, uma agenda ibérica comum na área do ensino e do conhecimento.
Por sua vez, a Cimeira Luso-espanhola terá como temas fortes a cooperação transfronteiriça em áreas como a energia, as infraestruturas e o ambiente.
Rui Santos disse ter a expectativa que a sua cidade fique associada a "importantes decisões" dos dois governos e referiu que, na sua opinião, seria importante avançar em temas como "o gás natural, a ferrovia e também a ligação rodoviária Bragança -- Puebla de Sanabria (Espanha), a cooperação transfronteiriça no combate aos incêndios florestais ou a questão dos fundos comunitários".
O encontro dos governos português e espanhol arranca com um passeio de barco, que começa em Espanha e acaba no Douro nacional, e durante o qual serão realizadas reuniões setoriais.
Já na terça-feira, a cimeira prossegue com uma reunião entre os líderes dos dois governos e confederações empresariais dos dois países, decorrerá depois a reunião plenária entre os governantes e, posteriormente, realiza-se a assinatura de protocolos.
O autarca disse ainda que esta é uma oportunidade para mostrar a "dinâmica e condições de atratividade" do concelho aos empresários portugueses e espanhóis.
O encontro vai obrigar a condicionalismo de trânsito no dia 30, no centro da cidade de Vila Real.
Os dois países ibéricos retomam em 2017 as cimeiras ibéricas, interrompidas no ano passado devido à situação especial governativa vivida em Espanha.
Depois de a última se ter realizado em Baiona, na Galiza, a reunião deste ano terá sede em Vila Real.
As cimeiras ibéricas são reuniões anuais bilaterais realizadas entre o presidente do Governo de Espanha e o primeiro-ministro de Portugal onde se discutem questões de grande interesse para ambos os governos e projetos de cooperação entre os dois países.
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