Ministro da Justiça sul-coreano demite-se após escândalo de corrupção
O ministro interino da Justiça sul-coreano, Lee Chang-jae, apresentou hoje a demissão devido a uma investigação por alegada negligência no caso de corrupção que resultou no afastamento da ex-presidente Park Geun-hye.
© Getty Images
Mundo Investigação
Lee ocupava o cargo como interino desde novembro passado, quando o então ministro da Justiça Kim Hyun-woong se demitiu devido ao mesmo caso. O substituto aguardava que o novo Presidente, Moon Jae-in, anunciasse a formação da nova equipa governativa.
O anúncio de Lee chega um dia depois de começarem investigações a um responsável da Justiça, Ahn Tae-geun, que alegadamente recompensou com dinheiro os membros do Ministério Público depois de estes não terem detido o ex-secretário presidencial Woo Byung-woo durante a investigação ao caso.
Woo, ex-secretário presidencial dos Assuntos Civis, será julgado em breve por acusações de negligência, ao considerar-se que permitiu a interferência em assuntos de Estado de Choi Soon-sil, amiga íntima da ex-presidente Park.
No entanto, Woo é um dos poucos implicados no caso de corrupção que não se encontra em prisão preventiva, apesar de duas tentativas do Ministério Público para o deter.
O caso levou, em março, à destituição da Presidente Park, em prisão preventiva e à espera de julgamento por alegadamente criar uma rede de tráfico de influências juntamente com a amiga Choi. O caso obrigou às primeiras eleições presidenciais antecipadas na história da democracia da Coreia do Sul.
Foi o Presidente Moon Jae-in, que há dez dias assumiu o cargo, que ordenou uma investigação interna à Justiça e à Procuradoria-Geral devido a alegados subornos pagos por Ahn, que apresentou a demissão na quinta-feira.
No mesmo dia demitiu-se também Lee Young-ryeol, o responsável máximo do Ministério Público do distrito central de Seul, que liderou parte da investigação do caso de corrupção.
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