Passos acusa Governo de não ter agenda reformista para Portugal
O líder do PSD acusou hoje o Governo de António Costa de não ter uma agenda reformista para Portugal e de estar amarrado a um modelo económico "socialista e estatizante", que bloqueia o desenvolvimento do país.
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Política PSD
"O país está adiado porque o Governo só pensa a curto prazo. Ninguém se esforça para pensar no futuro e na agenda de reformas que traga mais ambição para a nossa economia", disse Pedro Passos Coelho, num jantar em Vagos, no distrito de Aveiro, de apresentação da recandidatura de Silvério Regalado ao município local.
Segundo o presidente social-democrata, Portugal não está a fazer o que era preciso para crescer mais e melhor e, nalgumas situações, está a "andar para trás", acusando o executivo socialista de transmitir uma mensagem à sociedade de que "deve evitar serviços que não sejam públicos".
O líder do PSD deu como exemplos a educação e a saúde, acusando os partidos que suportam o Governo de ter uma visão "socializante, estatizante e comunista, que os portugueses rejeitaram há muito tempo".
Sobre as finanças públicas do país, o líder do PSD disse que as contas já "estavam a correr bem" antes do atual Governo chegar ao poder, afirmando que foi criado mais emprego em 2014 e 2015 do que em 2016 e que Portugal acabou "por crescer menos o ano passado do que o balanço que vinha de trás".
"Porque é que o Governo não reconhece que até tinha a obrigação de acelerar a recuperação económica em vez de a abrandar", questionou o antigo primeiro-ministro, que governou entre 2011 e 2015.
Para Pedro Passos Coelho, a resposta é óbvia: "nunca se pode construir o futuro apenas a gerir a herança que se recebeu do passado".
"A herança que este Governo recebeu, e que foi deixada pelos portugueses nos anos em que estivemos no Governo, foi uma boa herança e bem melhor do que aquela que o país recebeu em 2011", sublinhou.
Duro nas palavras, o líder social-democrata acusou ainda o executivo de António Costa de estar a "delapidar" a herança "quer pelas reversões que vão sendo feitas na economia, nas reformas estruturais, quer sobretudo porque não existe nenhuma ambição para fazer qualquer reforma de futuro".
O antigo primeiro-ministro considera que o país "para crescer e criar mais emprego, ter mais rendimento, para não ter uma economia baseada em salários mínimos e para poder olhar para os serviços públicos, nós temos de saber empreender uma agenda reformista, que não mora na maioria da extrema-esquerda que hoje governa o país".
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