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Partidos na Irlanda do Norte têm até 29 de junho para formar o Governo

Os líderes do Sinn Fein e do Partido Democrático Unionista (DUP) têm até ao dia 29 de junho para formar um novo governo de coligação na Irlanda do Norte, anunciou hoje o Governo britânico.

Partidos na Irlanda do Norte têm até 29 de junho para formar o Governo
Notícias ao Minuto

14:44 - 21/04/17 por Lusa

Mundo Irlanda do Norte

Se as negociações políticas em curso falharem, o Governo britânico declarou que assumirá o controlo da província.

A Irlanda do Norte está mergulhada numa crise política desde a renúncia em janeiro do vice-primeiro-ministro, Martin McGuinness (Sinn Fein), após desacordos com a primeira-ministra, Arlene Foster (DUP), sobre a gestão de um programa de subvenções para as energias renováveis.

Após a morte em março de McGuinness, de doença cardíaca, foram realizadas novas eleições a 02 de março. Com 28 dos 90 assentos na assembleia regional, o DUP (unionistas) terminou em primeiro lugar, mas cedeu terreno ao Sinn Fein (nacionalistas, com 27 assentos).

Mas as negociações entre os dois partidos não estão a permitir a formação de um novo Governo regional.

Hoje, o secretário de Estado para a Irlanda do Norte, James Brokenshire, apresentou um projeto de lei fixando 29 de junho como a data limite para "convocar a assembleia (norte-irlandesa), designar ministros e colocar em marcha o Governo local".

"Foi por isso que os norte-irlandeses votaram a 02 de março e isso deve ser a prioridade para as próximas semanas", declarou Brokenshire num comunicado.

É a quarta vez que a data limite foi prorrogada.

As diferenças entre nacionalistas e unionistas continuam a ser significativas, incluindo o 'Brexit'.

Favorável à saída do Reino Unido da União Europeia, o DUP é um aliado do Parlamento britânico da primeira-ministra Theresa May, enquanto o Sinn Fein, pretende uma aproximação da República da Irlanda após o 'Brexit'.

O acordo de paz de 1998 que estabeleceu uma coligação obrigatória entre unionistas e nacionalistas já foi suspenso diversas vezes pelo governo central de Londres, tendo a última vez sido em 2007.

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