Aluna de jornalismo expulsa de universidade por ser contra o comunismo
O caso ocorreu em Cuba e a estudante garante tratar-se de uma decisão com 'cunho político'.
© Reprodução / BBC
Mundo Cuba
Karla María Pérez González, estudante de jornalismo da Universidade Central de las Villas (UCLV), em Cuba, foi expulsa do ensino superior por expressar a sua opinião e revelar-se contra o comunismo.
De acordo com informações divulgadas pela BBC, os colegas de curso da jovem descobriram que esta escrevia num blog, sob o pseudónimo de Oriana, e mostrava não concordar com a Revolução Cubana e com o regime do país.
As suspeitas acabaram por chegar ao conselho da Federação Estudantil Universitária (FEU) e à reitoria, sendo que Karla foi obrigada a abandonar a universidade por ser, segundo comunicado da FEU, “integrante de uma organização ilegal e contrarrevolucionária, contrária aos princípios, objetivos e valores da Revolução Cubana”.
“A universidade não aceitará jamais a contrarrevolução dentro das nossas universidades”, pode ler-se na nota divulgada pela BBC.
A aluna acusa a universidade de ter realizado apenas reuniões privadas para decidir a sua expulsão, garantindo que a mesma teve ‘cunho político’. “Fui expulsa por não compactuar com as ideias comunistas e não comungar com o sistema socialista cubano - qual ainda não estou convencida depois de todos esses anos”, revelou à estação televisiva.
A jovem é membro da Somos+, uma organização que luta pelo pluripartidarismo, pelas eleições abertas e uma imprensa independente.
Recorde-se que as expulsões de cariz político que ocorrem em Cuba não costumam ser tornadas públicas.
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