"Vai dar tudo certo" na auditoria à divida moçambicana, diz Suécia
A embaixadora da Suécia em Moçambique, Irina Schoulgin, disse hoje que a auditoria à divida pública moçambicana prossegue de forma conjunta, manifestando seu otimismo no processo.
© Reuters
Economia Suécia
"Nós estamos a trabalhar conjuntamente com a PGR [Procuradoria-Geral da República] e o FMI [Fundo Monetário Internacional] nesse processo de auditoria", declarou Irina Schoulgin, falando à margem de uma audiência concedida pelo Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, em Maputo.
Destacando que o "processo é complicado", a embaixadora da Suécia, financiadora da auditoria, disse que o mais importante é garantir a independência do processo, que está a cargo da consultora Kroll, com sede em Nova Iorque.
"Não é fácil, mas está andando para frente e nós achamos que vai dar tudo certo", acrescentou a diplomata, que termina o mandato de dois anos em Moçambique em maio.
A auditoria incide sobre empréstimos realizados em 2013 e 2014, no valor de 1,4 mil milhões de dólares, a que se juntam mais os 727,5 milhões de dólares da emissão de títulos de dívida soberana que resultaram da reconversão das obrigações corporativas emitidas pela Empresa Moçambicana de Atum (Ematum).
Em fevereiro, a Procuradoria-Geral da República de Moçambique anunciou o prolongamento do prazo da auditoria - inicialmente de 90 dias -, por mais um mês, a pedido da Kroll, estando assim previsto que o trabalho seja concluído até 31 de março de 2017.
A auditoria internacional independente às dívidas escondidas era uma exigência do FMI para reatar o apoio a Moçambique, após a suspensão dos seus financiamentos com a revelação do escândalo, em abril de 2016, e que levou também os 14 doadores do orçamento do Estado a interromperem os seus pagamentos.
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