EUA começam a recolher impressões digitais de refugiados em Nauru
Funcionários norte-americanos começaram a recolher as impressões digitais de refugiados em Nauru, no Pacífico, etapa final para avaliar quem pode ter uma nova vida nos Estados Unidos, indicaram hoje requerentes de asilo.
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Mundo Asilo
O Departamento de Segurança Nacional norte-americano está a recolher dados biométricos de refugiados em Nauru, incluindo impressões digitais, peso ou altura, de acordo com um documento que circula entre os requerentes de asilo e facultado à agência noticiosa norte-americana Associated Press (AP) por Mehdi, um refugiado que pediu para não ser identificado.
As autoridades norte-americanas também começaram hoje a marcar encontros com as famílias de requerentes de asilo em Nauru, acrescentou Mehdi.
Não foram dadas indicações aos refugiados sobre quanto tempo irá demorar o processo de verificação.
Contactadas pela AP, as autoridades norte-americanas e australianas recusaram comentar.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concordou, ainda que relutante, em honrar o acordo feito pela Administração de Barack Obama de aceitar 1.250 refugiados aos quais é recusada entrada na Austrália, mas afirmou que seriam sujeitos a um "extremo exame" de verificação, sem mais pormenores.
A Austrália paga a Nauru e à Papua Nova Guiné para manter mais de dois mil requerentes de asilo -- a maioria do Irão, Afeganistão e Sri Lanka -- em centros de detenção, cujas condições são condenadas por organizações de defesa dos direitos humanos.
Há três semanas, um funcionário da imigração da Austrália disse a uma comissão do Senado australiano que os oficiais da Segurança dos Estados Unidos deviam começar a escrutinar os refugiados nas duas ilhas mal recebessem autorização para o efeito.
Funcionários do Departamento de Estado norte-americano realizaram a primeira de duas etapas do processo, com entrevistas preliminares nas ilhas para garantir que os candidatos eram refugiados genuínos.
Trump considerou "idiota" o acordo com a Austrália e levantou dúvidas sobre a eventual continuidade.
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