UGT defende crescimento e emprego e justa distribuição da riqueza
A UGT pretende centrar a sua ação, nos próximos 4 anos, na defesa do crescimento e do emprego e de uma política de rendimentos que garanta aos portugueses uma mais justa distribuição da riqueza.
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País Entrevista
Na resolução programática que será debatida e aprovada no XIII congresso da UGT, que se realiza nos próximos dias 25 e 26 no Porto, a central sindical assume que irá "defender o crescimento, a dinamização da atividade económica e o emprego como via essencial para gerar receitas públicas".
O objetivo é promover políticas de crescimento, através do aumento do investimento público e privado, pelas exportações, mas também por via da procura interna, "o que implica um compromisso sobre a política de rendimentos e o reforço da produtividade/competitividade".
Para tal, é preciso reforçar investimento público em áreas estruturantes da economia e da sociedade, como as energias renováveis, transportes, infraestruturas, qualificação, inovação e ambiente.
Para assegurar o crescimento económico e o emprego, a UGT considera necessário aprofundar o diálogo social a nível nacional e a negociação europeia de condições que permitam reduzir o défice, nomadamente a renegociação das condições de pagamento da dívida.
No documento a aprovar na reunião magna, a central exige a urgente estabilização do sistema bancário, enquanto setor estratégico e estruturante para a economia.
Dar prioridade à salvaguarda dos postos de trabalho nos processos de reestruturação de setores e empresas, apostar em setores com potencial de criação de emprego e nas qualificações das pessoas são outras das metas da UGT.
Na resolução programática é defendida a necessidade de "uma verdadeira política de rendimentos", que garanta "uma justa distribuição da riqueza".
"O crescimento do rendimento das famílias é não só um fator determinante para o bem-estar das pessoas e melhoria da coesão económica e social, como assume, no quadro atual, um papel decisivo para um relançamento mais forte do crescimento económico, por via da dinamização do consumo privado, elemento que continua a ser apontado pelas empresas como um dos constrangimentos ao investimento privado e a um maior nível de atividade económica", lê-se no documento.
Assim, a UGT continuará a bater-se por "aumentos salariais que garantam a melhoria do poder de compra dos trabalhadores, pela melhoria das pensões e prestações sociais e por uma política fiscal mais justa e equitativa, fatores indissociáveis da reposição de justiça e equidade sociais e da promoção da coesão social".
"Esta é uma luta da UGT, mas é igualmente de todo o movimento sindical europeu, liderado pela CES - Confederação Europeia de Sindicatos, que elegeu 2017 como o Ano de Luta por Aumentos Salariais para todos os trabalhadores europeus", refere a resolução.
A UGT promete ainda que defenderá sempre a relevância de consensos sociais tripartidos sobre política de rendimentos de médio prazo, incluindo a política fiscal.
Para a central é ainda prioritário combater o desemprego e a precariedade, "que se mantém em níveis excessivamente elevados no contexto europeu.
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