Jovens chamaram "ladrão" a Sócrates e ele já respondeu
O antigo primeiro-ministro esteve, este sábado, na Universidade de Coimbra onde foi alvo de protestos por parte de um grupo de estudantes.
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País Coimbra
José Sócrates foi hoje recebido por um grupo de 20 estudantes que protestava contra a passagem da Universidade de Coimbra a fundação, uma mudança cuja responsabilidade é atribuída ao antigo primeiro-ministro.
Quando Sócrates entrou no auditório da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, os estudantes não o pouparam a frases menos simpáticas: “Sócrates ladrão, não queremos a fundação”.
Mais tarde, aos jornalistas, o ex-líder socialista comentou o sucedido que justificou com a atitude do Ministério Público no decorrer da Operação Marquês.
“O que o Ministério Público provoca é a ideia de que se pode fazer uma condenação sem julgamento. Isto é o que há de pior num estado democrático e conduz os estudantes a dizerem o que disseram”, atirou José Sócrates, garantindo, mais uma vez, que “todas as alegações [do Ministério Púbilico] são falsas e absurdas”.
“Estas tentativas de ir buscar outras pessoas que nada têm a ver comigo, e eu já expliquei mil vezes que nada têm a ver comigo, são absurdas. É um absurdo que queiram ligar a mim pessoas como Ricardo Salgado, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro”, continuou.
José Sócrates considerou ainda que “pretender transportar para este universo o BES e a PT é um absurdo que só encontra uma justificação: querem lançar mais suspeitas com o único objetivo conseguir mais adiamentos”.
Nesta senda, o ex-primeiro-ministro frisou que “grande parte das motivações deste processo se encontram na política”.
“E se alguém pretende ter um debate sobre o meu governo eu estou em condições de o defender politicamente”, asseverou.
Quanto à decisão da Procuradoria-Geral da República em voltar a adiar o prazo para o fim do inquérito, Sócrates foi perentório: "A decisão da senhora procuradora foi uma decisão gravíssima. Trata-se do quinto adiamento e, desta vez, um adiamento sem prazo. Acho absolutamente inacreditável que o Ministério Público pretenda conduzir os processos penais sem prazo.
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