CGD "não fragilizou" Centeno e resultados do crescimento provam-no
Manuela Ferreira Leite diz que aquilo que define o bom trabalho de um ministro das Finanças são os números que apresenta perante as instituições financeiras. E nisso, não há nada a apontar a Mário Centeno, afirma.
© Reuters
Economia Ferreira Leite
Tanto António Costa como Marcelo Rebelo de Sousa já deram o ‘caso’ da Caixa Geral de Depósitos por encerrado. Essa é também a vontade de Manuela Ferreira Leite que, no habitual comentário da antena da TVI 24, considerou que as longas semanas em que este tema fez manchetes não mancharam a reputação de Mário Centeno.
“Como ministro das Finanças, não me parece que possa estar fragilizado”, começou por dizer, justificando que “um ministro das Finanças é avaliado pela sua atuação como ministro: o que é que está a fazer na sua pasta; se consegue ou não tomar decisões que lhe competem na sua atuação e qual é a forma como é olhado pelas instituições financeiras”.
Em todos esses aspetos, diz, esteja “frágil ou forte, fraco ou um bocado mais mole” devido à exaustivo destaque que foi dado à gestão do banco público, nenhum dos aspetos anteriores o “afetou na atuação” enquanto titular da pasta das Finanças.
Quem o prova são mesmo os números, neste caso os do crescimento, que abrandou para 1,4%, mas mesmo assim ultrapassou as estimativas. “Olhando para os resultados que foram apresentados, que poderão ser também sujeitos a controvérsias e críticas, mas que são resultados que correspondem àquilo que são os objetivos da política económica neste momento e às imposições de Bruxelas”, sublinhou a antiga ministra, lembrando que é do conhecimento geral que “o grande problema de Portugal é a saída do procedimento de défice excessivo”.
“Não é pelo facto de estarmos ou não sob essa alçada do procedimento de défice excessivo que vamos deixar de estarmos a ser vigiados pelas instâncias europeias. Só que essa vigilância tem um caráter preventivo ou corretivo”, lembrou.
Agora, sublinha, o que é importante é que os números positivos até agora apresentados não sejam apenas temporários, mas sim definitivos. “Quando nos encontramos nesta fase de correção, que já entrámos e saímos várias vezes, é importante que se atinjam os objetivos de ficar abaixo dos 3%” do défice. Por outro lado, que esse valor dê alguma garantia que não é um resultado de natureza temporal”, terminou.
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