Até 20% dos menores nos EUA têm um transtorno mental
Até 20% dos menores nos Estados Unidos sofrem de um transtorno mental como a ansiedade, a depressão ou o défice de atenção, revela um amplo inquérito das autoridades federais da saúde pública norte-americanas.
© Reuters
Mundo Estudo
“Treze a 20 por cento das crianças entre os 3 e os 17 anos que vivem nos Estados Unidos têm um transtorno mental” e a tendência está a agravar-se, indicam os autores do estudo realizado entre 2005 e 2011 e divulgado na quinta-feira.
O défice de atenção é o transtorno diagnosticado mais frequentemente (6,8 por cento dos menores), seguido dos problemas comportamentais (3,5 por cento), da ansiedade (3 pc), da depressão (2,1 pc), do autismo (1,1 pc) e da síndroma de Tourette (0,2 pc).
Os sintomas dos transtornos mentais desenvolvem-se com a idade e podem manifestar-se através de dificuldades em brincar, aprender, falar ou controlar as emoções, precisam os investigadores dos centros federais de controlo e prevenção das doenças (CDC).
Os primeiros sinais aparecem geralmente na infância, embora os problemas possam surgir durante a adolescência.
Os problemas mentais dos menores são “um importante problema de saúde pública nos Estados Unidos devido à sua prevalência, ao início precoce e ao impacto sobre a criança, a família e a comunidade, com um custo anual estimado em 247 mil milhões de dólares (192 mil milhões de euros)”, considera o estudo citado pela agência France Presse.
De acordo com o inquérito, o autismo ocorre em crianças, sobretudo rapazes, entre os 6 e os 11 anos.
O estudo indica que os rapazes são mais propensos do que as raparigas a ter certas perturbações mentais, como o défice de atenção e hiperatividade, ansiedade, transtornos do espetro do autismo, síndroma de Tourette e dependência do tabaco. O suicídio também é mais comum entre os rapazes.
As adolescentes, por seu turno, têm maior propensão para ter depressão ou um transtorno ligado ao consumo de álcool.
Segundo a investigação, 4,7 por cento dos adolescentes (12-17 anos) usam regularmente drogas, 4,2 por cento ficam dependentes do álcool e 2,8 por cento do tabaco.
Adiantando que, em 2010, o suicídio foi a segunda causa de morte dos adolescentes depois dos acidentes, o estudo faz um apelo aos profissionais de saúde para fazerem um “diagnóstico precoce e o tratamento adequado” dos transtornos mentais dos menores.
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