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Défice? "As coisas não são tão lineares e cor-de-rosa"

Fundador do Clube dos Pensadores defende que o "calcanhar de Aquiles" do Governo prende-se com custos com pessoal.

Défice? "As coisas não são tão lineares e cor-de-rosa"
Notícias ao Minuto

14:20 - 06/02/17 por Andrea Pinto

Política Joaquim Jorge

As coisas não são tão lineares e cor-de-rosa”. É desta forma que Joaquim Jorge reage aos cálculos da UTAO, que refere que Portugal “ficou nos 2,6% do PIB, em linha com aquilo que foi previsto e prometido pelo Governo de António Costa”.

Para o fundador do Clube dos Pensadores “além da derrapagem da receita fiscal, a despesa com pessoal continuou a derrapar nos últimos meses do ano”, sendo que os custos com o pessoal são mesmo “um dos calcanhares de Aquiles” do Governo.

Num artigo enviado ao Notícias ao Minuto, Joaquim Jorge defende que os elevados gastos com pessoal (educação, saúde,segurança pública, tribunais) são compensados “através de cortes noutras despesas, como no investimento (menos 956 milhões, do que o previsto) ou nos subsídios (menos 422 milhões)”.

Sendo da opinião que o défice alcançado é fruto de receitas extraordinárias, Joaquim Jorge questiona como é que o Executivo vai conseguir alcançar um défice situado entre 1,7% e 1,8% previsto se já não há “privatizações significativas para fazer, as maiores e melhores empresas já não estão nas mãos do Estado”. Acresce a isso a “dívida pública [que] não para de aumentar”.

Apesar de considerar que a questão da dívida é “irresolúvel”, acredita o biólogo que “podemos melhorar” e aponta as Câmaras e o poder local como as que mais podem contribuir.

“O poder local faz-me lembrar, mordomias a mais, gente a mais, carros a mais, cartões de crédito a mais, etc. No fundo, despesa a mais. Veja-se o seu endividamento em grande parte das autarquias portuguesas”, atira, considerando, porém, que há algo de positivo no meio disto tudo: “a vontade que o Governo tem de fazer face ao défice sem ser à custa dos funcionários públicos e trabalhadores em geral”.

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