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De Nova Iorque para o mundo: Trump abriu 'janela' para o futuro

A oito dias de tomar posse e pela primeira vez desde que venceu as eleições, Donald Trump apresentou-se em conferência de imprensa.

De Nova Iorque para o mundo: Trump abriu 'janela' para o futuro
Notícias ao Minuto

07:15 - 12/01/17 por Pedro Filipe Pina

Mundo Presidentes

Foi a partir da Trump Tower, em Nova Iorque, que Donald Trump falou, numa conferência de imprensa transmitida em televisões de todo o mundo e até na sua página no Facebook.

Durante cerca de uma hora, com um intervalo de cerca de dez minutos em que uma das suas advogadas explicou como irá Trump separar a sua empresa da presidência, vimos diferentes facetas do milionário que vai suceder a Barack Obama na Casa Branca já no próximo dia 20 de janeiro.

Trump fez piadas, tendo ouvido aplausos do seu staff, falou do que quer fazer, deixando ainda algumas dúvidas sobre o como (caso da substituição do Obamacare), elogiou meios noticiosos, criticou uns em particular, falou da Rússia, dos serviços de informação e até da sua célebre proposta de construção de um muro. Houve novidades mas houve também Trump ao seu estilo.

Sobre o muro a separar EUA do México, Trump rechaçou as opiniões de quem achava que não ia levar o projeto adiante: Trump revelou que vão decorrer negociações com o México mas como estas podem demorar mais de um ano o muro (e é mesmo um muro, não uma cerca, fez questão de realçar) é mesmo para ser construído o quanto antes, com a fatura a ser passada ao México.

Sobre o Obamacare, fica a garantia de que será substituído. Quando o for, irá em simultâneo entrar um novo plano de saúde “muito menos dispendioso e muito melhor”, assegurou. O projeto, no entanto, ainda estará a ser delineado.

Trump deixou ainda novo aviso a empresas que queiram transferir postos de trabalho para outras partes do globo: terão taxa aduaneira pesada à sua espera. “Podem mudar-se, desde que seja dentro das fronteiras dos Estados Unidos”. Caso contrário levam com mais impostos.

A polémica em torno da interferência russa, por via de pirataria informática, nas eleições, mereceu boa parte da conferência de imprensa.

Trump admitiu que a Rússia o terá feito, mas sugere que outros países também o poderiam ter feito. E os serviços de informação não escaparam a críticas, tal como o partido democrata, cujos 'leaks' comprometedores Trump atribuiu a falhas de segurança internas.

O momento quente da conferência de imprensa foi quando Trump ‘saltou’ por cima de um jornalista da CNN, a quem chamou “fake news” (leia-se, notícias falsas), momento de que demos conta aqui

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Quanto à sua declaração de impostos, que Trump não revelou, ao contrário de todos os que o antecederam na presidência, o nova-iorquino desvaloriza o caso. Não só considera que as informações fiscais não seriam particularmente úteis, como acredita que o povo americano não está interessado no caso.

Finalmente, com parte das ‘despesas’ de informação a serem feitas pela advogada, ficamos a saber que Trump se vai demitir da sua empresa.

O grupo que geriu ao longo das últimas décadas será gerido pelos dois filhos mais velhos, a quem deixou, em tom de brincadeira e já a finalizar a conferência de imprensa, uma ameaça.

Quando abandonar a presidência, logo irá saber como correram os negócios. E se tiverem corrido mal, Trump garante que dirá aos filhos “you’re fired”, a frase que popularizou como protagonista do reality-show ‘The Apprentice’, e que usava sempre que despedia alguém.

Até lá, seja daqui a quatro ou oito anos, Trump será o próximo presidente dos Estados Unidos. Por esta altura, pouca gente não terá já opinião formada sobre o homem. Já do presidente tivemos agora um primeiro vislumbre. Daqui a oito dias, veremos de facto o começo do que nos reservam no futuro os Estados Unidos da América de Donald J. Trump.

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