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Preço do dólar nas ruas de Luanda entra na sexta semana sem alterações

A compra de dólares nas ruas de Luanda completou hoje a sexta semana consecutiva sem alterações, mantendo-se nos 490 kwanzas (2,75 euros), renovando o maior período de estabilidade de preços no mercado paralelo após as fortes subidas de junho.

Preço do dólar nas ruas de Luanda entra na sexta semana sem alterações
Notícias ao Minuto

09:52 - 01/12/16 por Lusa

Economia Divisas

A situação foi confirmada com a habitual ronda semanal da agência Lusa pelas ruas da capital angolana, mantendo-se a justificação das 'kinguilas' de Luanda, como são conhecidas as mulheres que se dedicam à compra e venda de divisas, pela falta de dólares e de moeda nacional.

Apesar deste período de estabilidade, que se regista desde a primeira quinzena de outubro, o mercado paralelo continua a transacionar dólares e euros ainda muito acima do câmbio oficial, sem que ninguém arrisque uma previsão para as próximas semanas, tendo em conta o período de Natal e as habituais viagens para o estrangeiro e correspondente aumento de procura de divisas.

O preço praticado no mercado de rua de Luanda permaneceu próximo dos 600 kwanzas por cada dólar em agosto e julho, depois de máximos acima dos 630 kwanzas em junho, embora com pontuais flutuações semanais.

Na ronda semanal realizada hoje pela Lusa, a venda de cada dólar estava fixa nos 490 kwanzas nos bairros de São Paulo, Mártires de Kifangondo, Maculusso e na Mutamba, pontos centrais da capital, mas ainda cerca de três vezes acima da taxa oficial de câmbio.

A inflação também se ressente desta conjuntura e os preços a 12 meses ultrapassaram, segundo o Instituto Nacional de Estatística angolano, os 40% de aumento, até outubro.

O Banco Nacional de Angola (BNA) informou que vendeu aos bancos comerciais, na primeira quinzena de novembro, o equivalente a 739,3 milhões de dólares (700 milhões de euros) em divisas, "cobrindo as operações de caráter prioritário".

Aos balcões dos bancos ainda persistem as dificuldades no acesso a divisas - devido à crise que afeta o país, decorrente da quebra nas receitas petrolíferas -, levando clientes a optarem pelo mercado de rua, apesar de taxas de câmbio, que são três vezes superiores à oficial.

São preços especulativos que, em muitos casos, como para os trabalhadores expatriados, é a única forma de ter acesso a divisas no atual contexto de crise económica, financeira e cambial.

O BNA revelou já em julho que está a trabalhar com os bancos comerciais numa "melhor programação na venda de divisas" para "repor de forma gradual, programada, organizada e prudente" as necessidades de todos os setores da economia.

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