"Se ele tivesse embarcado eu ter-me-ia arrependido para sempre"
Não fossem outros compromissos e Ivan Carlos Agnoletto seria outro nome entre as 71 vítimas mortais do acidente de aviação de segunda-feira à noite na Colômbia.
© Reuters
Mundo Tragédia
Ivan Carlos Agnoletto, radialista da Super Condá AM, estação de rádio brasileira de Chapecó, tinha sido convidado para relatar o jogo entre o Chapecoense e o Atlético Nacional que se iria realizar em Medellín, na Colômbia.
Porém, Ivan Carlos Agnoletto não quis ir. Preferiu dar a oportunidade ao seu colega Gelson Galiotto, até porque queria relatar a final do Campeonato Catarinense de sub-20 e tinha reuniões para fechar novos contratos para o próximo ano.
“Eu disse que não era possível ele não ir a este jogo. Aliás, a desistência foi mesmo um motivo de discussão porque as coisas são muito difíceis para nós e estávamos felizes com o sucesso do Chapecoense”, disse Igor Agnoletto, filho do radialista, à BBC Brasil.
A desistência de Ivan foi feita em cima da hora, razão pela qual o seu nome ainda constava da lista de passageiros, o que levou a algum pânico entre amigos e familiares.
Embora tenha discutido com o pai por este não ter querido viajar com a equipa, Igor diz-se agora “aliviado” pela recusa do progenitor, embora esteja “triste” por todos os “amigos” que morreram no acidente.
“Foi Deus quem o tirou daquele voo”, refere, confessando: “Se ele tivesse embarcado eu ter-me-ia arrependido para sempre”.
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