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Costa alvo de escutas? Sim. Mas foi sem querer e já estão apagadas

A Procuradoria-Geral da República confirmou as buscas e deu explicações sobre o caso.

Costa alvo de escutas? Sim. Mas foi sem querer e já estão apagadas
Notícias ao Minuto

08:50 - 30/11/16 por Notícias Ao Minuto

Política Primeiro-ministro

O primeiro-ministro António Costa foi "acidentalmente" alvo de escutas. A informação foi divulgada ontem pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e, numa nota enviada à comunicação social, sendo que o caso remete para o Centro Comum de Vistos de Cabo Verde.

Em causa estão diligências num processo em que há suspeitas de crimes de corrupção passiva e de auxílio à imigração ilegal.

Contudo, por terem sido escutas gravadas “acidentalmente”, o presidente do Supremo Tribunal de Justiça optou pela “destruição imediata dos elementos relativos a essas mesmas interceções telefónicas". São “manifestamente estranhas ao processo e sem qualquer relevância para a investigação”, pode ler-se no comunicado da PGR.

O caso remonta à investigação do Ministério Público sobre a atribuição de vistos no Centro Comum de Vistos de Cabo Verde, que funciona nas instalações da Embaixada de Portugal em Cabo Verde.

Até ao momento não há arguidos e o embaixador de Portugal em Cabo Verde não está indiciado de crimes.

Recorde-se que o Centro Comum de Vistos é um projeto europeu inaugurado na Praia em 2010, numa parceria de mobilidade entre a União Europeia e Cabo Verde, em que é possível pedir vistos Schengen para Portugal, Bélgica, Luxemburgo, Alemanha, Áustria, Eslovénia, Estónia, Finlândia, França, Itália, Noruega, Países Baixos, República Checa, Suécia e Suíça.

A imprensa cabo-verdiana acabou por noticiar, em agosto passado, um alegado "esquema de emissão fraudulenta de vistos de entrada em Portugal", que serviria "uma suposta rede de tráfico de pessoas para a União Europeia a partir de Cabo Verde".

A PGR confirmou à Lusa que houve uma diligência de busca e apreensão no centro, no âmbito de um processo dirigido pelo Ministério Público e em investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).

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