Parlamento aprova sem unanimidade dois votos de pesar por morte de Fidel
O parlamento aprovou hoje dois votos de pesar pela morte do líder histórico cubano Fidel Castro, textos apresentados por PS e PCP que não mereceram unanimidade nas bancadas.
© Reuters
País Óbito
O texto do PCP mereceu votos a favor dos comunistas, do Bloco de Esquerda e do partido ecologista "Os Verdes" e o voto contra de CDS-PP, passando com a abstenção de PS e PSD (para além do PAN); já o voto apresentado pelo PS teve parecer favorável dos socialistas, BE, PCP e "Os Verdes", abstenção de PSD e PAN e "nega" do CDS-PP.
Contudo, foram vários os deputados de PSD, CDS-PP e PS que votaram em sentido diferente da bancada que representam, votos que não alteraram o sentido final da votação - favorável em ambos os textos.
A bancada do PSD, por exemplo, apresentou uma declaração de voto sobre a matéria, e dentro do próprio partido foram vários os parlamentares a apresentar textos nesse sentido.
Um desses textos, inclusive, é apresentado por mais de dez deputados - entre os quais António Leitão Amaro, Miguel Morgado, Rubina Berardo ou Duarte Marques - que dizem que "jamais votariam contra o pesar pela morte de alguém, mas não podem estar de acordo quando os votos de pesar procuram branquear alguém que foi um ditador, que violou os direitos humanos e que não permitiu a democracia e liberdade do seu povo".
Já no PS, partido que se absteve no voto do PCP, houve vários deputados que nesse texto votaram favoravelmente: Renato Sampaio, Helena Roseta ou Idália Serrão são alguns exemplos.
Fidel Castro morreu na noite de sexta-feira, 25 de novembro, aos 90 anos, às 22:29 locais (03:29 de sábado em Portugal continental).
O anúncio da morte de "El Comandante", Fidel Alejandro Castro Ruz, foi feito pelo seu irmão e sucessor desde 2008, Raul, na televisão estatal, terminando com o grito "Até à vitória, sempre!".
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