Maduro avisa que não permitirá abandono o diálogo por parte da oposição
O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, alertou hoje os seus opositores de que não permitirá que abandonem o diálogo com o Governo e que só com os socialistas no poder a oposição tem possibilidades de continuar a existir.
© Reuters
Mundo Venezuela
"Estamos decididos a tudo, já o dissemos na mesa de diálogo, acalmem-se, aproveitem a mesa de diálogo. Não vou deixar que se levantem da mesa de diálogo. Não o vou permitir, vocês sabem que eu posso, assim como os obriguei a sentarem-se na mesa de diálogo", avisou.
Nicolás Maduro falava numa alocução ao país, transmitida em simultâneo e de maneira obrigatória pelas rádios e televisões venezuelanas, durante a qual anunciou que "institucionalizará" o diálogo entre o Governo e a oposição.
"É uma mesa (de diálogo) que vamos institucionalizar, em 2017, 2018, 2019, 2020, porque enquanto governarmos vocês vão existir, porque somos democratas, humanistas, constitucionalistas. E apesar do que vocês têm feito, fazem e são, aí têm o seu espaço político que vamos respeitar", afirmou.
Segundo Nicolás Maduro, só com os socialistas a governarem "há possibilidades de existir os distintos fatores da oposição".
Por outro lado, frisou que os opositores "não têm moral, não têm projeto, só se dedicam à guerra económica e a explorar os efeitos da guerra económica" para tratar de algum dia governar o país.
No dia 30 de outubro passado, o Governo e a oposição iniciaram um diálogo, sob a mediação do Vaticano e da Unasul (União das Nações Sul-americanas), que terminou com a decisão de ambas as partes de instalarem quatro mesas de negociação.
A 01 de novembro, o parlamento venezuelano, onde a oposição detém a maioria, adiou "por alguns dias", um debate para determinar a responsabilidade política do Presidente Nicolas Maduro, acusado da "rutura da ordem constitucional" no país, na sequência de um pedido feito pelo Vaticano.
A 12 de novembro, o Governo venezuelano e a oposição acordaram trabalhar conjuntamente para a recuperação da economia e o combate à insegurança, tendo agendado nova reunião de diálogo para 06 de dezembro.
Decidiram ainda "baixar o tom" dos discursos e promover a paz com base no reconhecimento e respeito mútuo. Foram ainda definidos objetivos para normalizar o respeito entre os diferentes poderes e para normalizar o abastecimento de alimentos e medicamentos à população.
Tanto o Governo, como a oposição, se têm acusado mutuamente de não cumprir o acordado na mesa.
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