Tribunal decreta um mês de prisão para alegados conspiradores sérvios
A justiça do Montenegro anunciou hoje a detenção por um mês de 14 sérvios, acusados de tentarem fomentar uma conspiração na noite das legislativas de domingo para afastar do poder o primeiro-ministro pró-ocidental Milo Djukanovic.
© Reuters
Mundo Montenegro
O seu presumível líder, Bratislav Dikic, antigo general da polícia militar sérvia, 46 anos, iniciou uma greve de fome, indicou o seu advogado, Milan Petrovic, precisando que "refuta todas as acusações" e que "estava no Montenegro para visitar o mosteiro de Ostrog".
O advogado falava aos jornalistas após a decisão anunciada na terça-feira pelo Alto Tribunal de Podgorica, confirmado à agência noticiosa France-Presse pela porta-voz desta jurisdição, Aida Muzurovic.
O Partido Democrático dos Socialistas (DSP) de Milo Djukanovic obteve 36 dos 81 lugares no parlamento e necessita do apoio de pequenos partidos para prolongar a sua permanência no poder, iniciada em 1991 neste país balcânico de 620.000 habitantes.
Uma parte da oposição e da população opõe-se às opções pró-ocidentais de Djukanovic, em particular a decisão em aderir à NATO, e Dikic é conhecido na Sérvia como um ativista contra a presença da Aliança na região.
Em caso de adesão do Montenegro -- que já garantiu o estatuto de convidado após os aliados terem assinado o protocolo de adesão em maio -- a NATO passará a controlar todas as costas dos Balcãs. A Sérvia, aliado tradicional ficaria rodeada por membros da Aliança, à exceção da Macedónia (Fyrom).
Os partidos da oposição já indicaram que não reconhecem o resultado, e um dos líderes da coligação Kluj (A Cave), Miodrag Lekic, considerou que a denúncia da alegada conspiração no próprio dia das eleições com uma "atmosfera de golpe de Estado" condicionou o seu resultado e as escolhas dos eleitores.
No entanto, Podgorica já disse excluir alguma responsabilidade de Belgrado, que disse não acreditar nesta conspiração.
A Frente Democrática, uma coligação pró-russa que elegeu 18 deputados, denunciou uma operação de "propaganda grosseira" urdida pelo poder, enquanto diversos 'media' próximos do Governo de Djukanovic continuam a divulgar provas da alegada conspiração.
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