"Orçamento resume o drama shakespeariano deste Governo"
Os dois comentadores analisaram a potencial política da proposta de Orçamento entregue esta semana em Bruxelas.
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Política Debate
Pedro Santana Lopes e António Vitorino discutiram esta semana a proposta de Orçamento do Estado para 2017 no programa ‘Edição da Noite’, na SIC Notícias.
Questionados se este era ou não um Orçamento de Esquerda, António Vitorino ironizou: “é como as pombas da Catrina, é de quem o apanhar”.
O socialista considera que este Orçamento “resume o drama shakespeariano deste Governo”, isto é, as dificuldades em “compatibilizar os compromissos europeus com os compromissos com o Partido Comunista e o Bloco de Esquerda”.
Para o conseguir, diz, foi preciso “engenho e arte e ele [o Orçamento] é engenhoso” e sobretudo é “um orçamento que responde às necessidades políticas”.
Santana Lopes destaca também a forte importância que este Orçamento terá na cena política nacional.
“Há uma alteração no sistema partidário muito curiosa […] é uma preparação para os tempos futuros que aí vêm : para o Bloco e o PCP ascenderem ao Governo”, considera.
“O que é facto é que este Governo não tem tirado nada a ninguém: ou mantém ou dá”, nota o social-democrata, lamentando a falta de medidas que potenciem o crescimento.
“Tenho pena que não se assuma como Orçamento para o crescimento. Portugal precisa de que o Governo seja ele qual for, saliente medidas que possam ajudar esse crescimento.
Só há miséria para distribuir, pobreza ou remedeio, não há criação de riqueza para distribuir”, disse.
Sobre o facto de nem todas as pensões abaixo dos 270 euros terem aumentos anunciados (apenas terão aumento aquelas aquelas que estavam congeladas ou tiveram cortes), Santana Lopes disse mostrou-se indignado.
“Não estou de acordo com a maneira como isto foi apresentado, acho injusto”, comentou, questionando ainda o silêncio dos sindicatos sobre o caso.
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