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Homicida de Aguiar da Beira gera sentimento de insegurança nas aldeias

O homicida de Aguiar da Beira, que se encontra a monte há oito dias, está a alterar o quotidiano das aldeias em volta de Vila Real com um sentimento crescente de insegurança entre as populações.

Homicida de Aguiar da Beira gera sentimento de insegurança nas aldeias
Notícias ao Minuto

18:44 - 18/10/16 por Lusa

País Vila Real

Cidália Ferreira vive em Constantim, a localidade onde o suspeito foi avistado pela primeira vez no distrito de Vila Real, e confessou à Lusa que, nos últimos dias, ela e os restantes habitantes alteraram os hábitos, com portas trancadas e um receio permanente.

Motivo de preocupação para esta mulher é também o pai de 90 anos, que vive na aldeia vizinha de Carro Queimado, onde foi encontrada a viatura que o indivíduo, de 44 anos, abandonou durante a fuga.

Cidália contou que, na segunda-feira, às nove da noite, arriscou e foi visitar o pai fazendo a viagem de cerca de dois quilómetros de automóvel determinada a não parar na estrada "fosse quem fosse que aparecesse à frente".

"Eu até sou uma pessoa bastante descuidada mas, a partir de domingo, fechei as minhas portas, tranco as minhas portas, abro as portas com um bocadinho de receio", partilhou.

Medo, afiançou, é o sentimento entre as populações destas aldeias, nomeadamente a de Assento, onde esta mulher foi hoje tomar café, e que se localiza entre as localidades de Constantim e Carro Queimado a poucos quilómetros da cidade de Vila Real

As autoridades montaram hoje um cerco junto a uma casa de apoio agrícola, em Assento, depois de duas pessoas terem dado o alerta de que avistaram o suspeito naquele local.

Alguns habitantes garantem ter ouvido um estrondo, que associam a um tiro, quando as autoridades se encontravam no local.

As polícias acabaram por desmobilizar à hora de almoço e até por volta das 18:00 a única informação que chegou aos jornalistas foi de que se encontravam em movimento.

Cidália Ferreira confirmou que nos últimos dias têm visto "muita polícia" naquela zona de Vila Real, mas o que as gentes locais gostavam é que o indivíduo se entregasse.

"A gente gostava que ele se entregasse, ele sabe bem aquilo que fez e que tem de pagar por isso e já não lhe adianta nada andar a fugir", afirmou aquela habitante.

O indivíduo encontra-se a monte há oito dias, desde 11 de outubro, data em que terá matada duas pessoas, um GNR e civil, e ferido outras duas a tiro, em Aguiar da Beira, distrito da Guarda.

Depois disso fugiu e há relatos de que terá sido visto ou deixado indícios da sua presença em São Pedro do Sul, distrito de Viseu, e em Arouca, distrito de Aveiro, onde atacou um casal e fugiu no carro das vítimas.

No domingo, cruzou-se com a patrulha da GNR, na zona industrial de Vila Real, e as autoridades perderam-lhe o rasto em Constantim.

Na segunda-feira foi encontrada a viatura roubada em Arouca, na aldeia de Carro Queimado, onde começaram hoje de manhã as buscas que, se centraram depois na localidade vizinha de Assento, na sequência do alerta de habitantes que alegam tê-lo avistado, mas o homem continua a monte.

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