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Banco CTT: Será que vale a pena fazer dos correios o seu banco?

O mercado financeiro português tem dois novos concorrentes. Saiba na primeira parte da comparação exclusiva do site ComparaJá para o Economia ao Minuto como as ofertas do Banco CTT se comparam com a concorrência.

Banco CTT: Será que vale a pena fazer dos correios o seu banco?
Notícias ao Minuto

09:00 - 25/04/16 por Bruno Mourão com Elsa Pereira

Economia Comparação

A banca portuguesa está a mudar. Depois da queda dos gigantes de outrora, e com nomes como o BCP e o BPI mergulhados em disputas internas e transformações estratégicas, os novos concorrentes tentam ganhar espaço no mercado.

Na linha da frente surgem os dois novos bancos a operar em Portugal: o Banco CTT e o espanhol Bankinter. Para tentar perceber as vantagens e desvantagens dos mais recentes candidatos a guardar o dinheiro dos portugueses, o Economia ao Minuto pediu a ajuda do ComparaJá. Na primeira parte da comparação, fique a saber as opções oferecidas pelo Banco CTT.

O banco dos correios aparece no mercado como uma alternativa para todos: sem custos de manutenção nos depósitos à ordem e apoiado na marca centenária dos CTT, o banco oferece uma carteira de ofertas limitada mas com condições abrangentes. No segmento de poupança, o perfil de cliente alvo é invulgarmente vasto.

O ‘depósito a prazo Banco CTT’ é a única oferta: um depósito com rendimento bruto de 0,5% e rentabilidade líquida de 0,36%, com a vantagem de exigir apenas 100 euros para a constituição. Com prazos de um a 12 meses, o depósito do banco dos correios é mobilizável a qualquer altura com a contrapartida de serem perdidos todos os juros acumulados.

“Comparando com produtos do mesmo género existentes no mercado, as remunerações das aplicações do Banco CTT são relativamente menos atrativas”, garante Sérgio Pereira, diretor geral do ComparaJá.

Olhando para o restante mercado, é possível perceber que o ‘depósito a prazo Banco CTT’ perde na rentabilidade para os concorrentes mais diretos como o Banco Popular e Banco Finantia, e fica muito longe dos depósitos curtos mais aliciantes: os investimentos a três meses do Banco BiG e Banco Best (2,5% de taxa bruta). O baixíssimo custo de abertura é, no entanto, uma vantagem importante para o banco dos correios.

No crédito pessoal, o Banco CTT volta a destacar-se pela simplicidade. Para um mínimo de 2.500 e um máximo de 50 mil euros, os clientes não são obrigados a subscrever qualquer outro produto ou a ter sequer uma conta à ordem; são também oferecidas condições opcionais como taxas e mensalidades fixas e a adesão a um seguro para proteger o cliente em caso de desemprego ou morte. As comissões de abertura não existem e as taxas cobradas ficam entre os 8,4% e os 10,5% para prazos de um a oito anos.

Mas atenção: no que toca ao crédito, o banco dos correios não funciona como uma instituição financeira clássica. Os contratos assinados servem apenas como uma ponte para o financiamento final, oferecido pela Cetelem.

Nesta categoria, o Banco CTT surge dentro da média, oferendo financiamento a um preço muito semelhante ao do Novo Banco. O ComparaJá destaca a desvantagem ligeira apenas para o ‘Crédito projeto’ da Oney, apesar de neste caso o limite máximo de empréstimos ser de apenas 20 mil euros.

Para terminar, o Banco CTT oferece mais um produto clássico nas instituições financeiras: o cartão de crédito. Mais uma vez, a opção é única e sem complicações.

Não há anuidades, o cliente pode fazer amortizações gratuitas sempre que quiser, pode comprar durante 50 dias sem pagar juros e gastar entre 500 euros e cinco mil. Em troca, o banco dos correios pede uma TAEG de 18,1% (valor combinado dos juros, custos de processo, comissões e seguro).

A facilidade e falta de custos extra volta a ser o grande trunfo do banco CTT face à concorrência, apesar de algumas desvantagens nas ofertas extra. O ‘Cartão Universo da Sonae’, o ‘Barclaycard Reward’ e o ‘Santander 123’ são os exemplos do segmento, graças ao vasto leque de descontos que incluem combustíveis mais baratos, acumulação de pontos e poupança direta em compras nos supermercados.

“O Banco CTT procura abranger os diferentes segmentos do mercado ao não cobrar, por exemplo, comissão de abertura e ao não obrigar a subscrever outros produtos”, garante o diretor do ComparaJá Sérgio Pereira, antes de concluir: “O Banco CTT procura ter produtos apelativos para um perfil mais abrangente”.

Leia amanhã a segunda parte da análise do ComparaJá, para saber como o espanhol Bankinter se compara à concorrência na chegada ao mercado português.

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