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Mãe de Rui Pedro escreve carta a filho desaparecido há 16 anos

Assinalam-se esta terça-feira os 16 anos do desaparecimento de Rui Pedro. A mãe, Filomena Teixeira, aproveitou as redes sociais para escrever uma carta ao filho, na qual salienta que nunca deixará de o esperar.

Mãe de Rui Pedro escreve carta a filho desaparecido há 16 anos
Notícias ao Minuto

16:38 - 04/03/14 por Notícias Ao Minuto

País Facebook

Já passaram 16 anos desde o desaparecimento de Rui Pedro, o menino de Lousada do qual se desconhece o paradeiro desde 4 de março de 1998.

Através da sua página no Facebook, a mãe Filomena Teixeira escreveu esta terça-feira que “se um filho está feliz, nós pais estamos bem! Se não sabemos, ficamos desesperados”.

A mulher publicou também um pequeno texto, onde destaca a “ironia” de ser Carnaval, no mesmo dia em que se assinala o desaparecimento do filho, conta o Diário de Notícias (DN) na sua página na internet.

“Pedro, meu filho, hoje faz 16 anos que desapareceste! Ironicamente é Carnaval! As pessoas divertem-se ou dormem depois de uma noite de folia, é normal. Mas eu não consigo deixar de pensar em ti...e que hoje é 4 de março… A ironia da vida: uns tristes outros contentes!”, lamentou.

Na mesma página, conta o DN, já tinha sido partilhado ontem um outro desabafo emocionado, intitulado ‘Carta de uma mãe ao filho desaparecido’.

“Meu filho, faz amanhã 16 anos que não te vejo, e depois deste tempo todo ainda espero por ti! Espero e esperarei até que me digam algo de ti! Este tempo todo imagino-te crescendo, tornando-te um homem, e eu aqui parada no tempo, à tua espera! Nunca deixarei de te esperar!”, começa por dizer Filomena Teixeira.

A mulher continua dizendo que há “tanta coisa para dizer, tantas promessas a cumprir que não vão chegar o resto dos meus dias para os realizar... Volta, estamos aqui todos à tua espera”, pede.

“Tenho tentado tudo para suportar a tua ausência...tudo mesmo! Às vezes digo a mim própria que é um pesadelo e que vou acordar a qualquer momento e tu estás aqui...depois abro os olhos e a realidade atordoa-me os sentidos! NÃO ESTÁS! e não posso fazer nada!”, acrescenta.

“Já nem sei quem sou, ou no que me tornei! Um fardo para uns...uma lunática para outros! Dizem que sou forte?! Quando eu sou tão frágil...imagina a tua irmã o que tem de suportar?! E ser a filha mais maravilhosa que alguém poderia ter! Porque é nisso que ela se tornou Pedro, num ser humano espantoso! Tens de ter orgulho nela! Vês filho, o que tenho para te dizer não chega uma carta... Como faço para comunicar contigo? A tua irmã está à distância de um telefonema, basta-me saber que está bem! Contigo faria igual, só quero que sejam felizes! É pedir muito filho?”.

Filomena termina frisando que continua “à espera”: “ Quando puderes juras que me respondes? Eu continuo aqui à espera… Um abraço do tamanho do mundo, da tua mãe que te adora e não sabe o que fazer sem ti. P.s. Estou a escrever-te do teu quarto, o pai acabou de entrar, ele trabalha muito, e sente muito também a tua falta, só não sabemos como te dizer!? Daí a carta, desculpa se é muito longa, mas juro que se tu vieres eu não te canso! Eu calo-me e basta-me o teu olhar no meu. Adoro-te! Mãe."

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