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Serra da Estrela e Beira Baixa apostam na cooperação

As comunidades intermunicipais (CIM) das Beiras e Serra da Estrela e da Beira Baixa anunciaram hoje, em comunicado, que vão "trabalhar em conjunto", mas afastam a possibilidade de uma fusão, para já, entre ambas.

Serra da Estrela e Beira Baixa apostam na cooperação
Notícias ao Minuto

14:25 - 04/02/14 por Lusa

País Comunidade

"Não havendo condições políticas para, desde já, concretizar a fusão das duas CIM, foi unanimemente manifestado que estas procurem a concertação permanente, de forma a realizar o trabalho que alicerce a futura convergência das duas regiões", informa o comunicado.

Em declarações à agência Lusa, Vítor Pereira, presidente da CIM das Beiras e Serra da Estrela, explicou que, para os presidentes das duas comunidades e a maioria dos presidentes de Câmara das duas estruturas, "ficou bem patente" que a fusão futura "é um desígnio e é uma vontade de todos".

"Estamos consciencializados que a escala territorial aqui é muito importante no sentido de melhor pugnarmos pela defesa dos interesses das nossas populações", afirmou.

Vítor Pereira esclareceu, ainda, que "apesar do entendimento comum," a fusão não será concretizada imediatamente por "razões políticas e de ordem pragmática e burocrática".

O presidente da CIM, que é também presidente da Câmara da Covilhã, disse que, tendo em conta a constituição de órgãos das duas estruturas, bem como o facto de os processos terem sido formalizados separadamente, não permite "uma alteração repentina", mas reiterou que "no horizonte possível", a mesma deverá ocorrer.

"Temos essa vontade e reitero a ideia de que se se concretizar é positivo para todos. Por enquanto temos questões a resolver com a calma e o tempo necessários", apontou.

O autarca recordou, ainda, que a concretização desta fusão "será a retificação de um erro histórico", que considera ter sido criado pelo que classifica de "divisão do distrito de Castelo Branco", com os respetivos concelhos a integrarem três comunidades intermunicipais diferentes.

A Cova da Beira - Belmonte, Covilhã, Fundão - juntaram--se aos concelhos do distrito da Guarda, criando a CIM das Beiras e Serra da Estrela, enquanto seis concelhos do sul do distrito (Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Oleiros, Penamacor, Proença-a-Nova e Vila Velha de Ródão) criaram a CIM da Beira Baixa e os restantes dois (Vila de Rei e Sertã) optaram por integrar a CIM do Médio Tejo.

"Andou-se mal nesse processo e é importante corrigir a situação e voltar a apostar na agregação, porque não faz nenhum sentido ter o distrito dividido", considerou Vítor Pereira.

João Paulo Catarino, presidente da CIM da Beira Baixa e da Câmara de Proença-a-Nova, partilha desta opinião, mas ressalvou que "é difícil criar consensos", pelo que apontou "o trabalho conjunto" como "o mais fundamental no momento presente".

"Julgo que no futuro, e se as coisas correrem bem, a fusão pode vir a ser o processo natural, mas nesta fase o mais importante é o trabalho que se vai desenvolver", acrescentou.

No comunicado, os autarcas apontam como pontos comuns "a concertação dos dois planos de desenvolvimento para o próximo período de programação dos fundos comunitários" e a "apreciação conjunta dos projetos âncora para a região".

"A construção de um plano único para as regiões de baixa densidade da Beira Interior com as temáticas do agroalimentar e turismo", bem como "a defesa intransigente dos recursos e serviços" da região são outras das reivindicações comuns às duas comunidades.

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