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Juncker incrédulo com declarações de Orban sobre frente anti-imigração

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, manifestou-se hoje incrédulo com as declarações da véspera do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, que disse esperar que o próximo Parlamento Europeu tenha uma maioria de "forças anti-imigração".

Juncker incrédulo com declarações de Orban sobre frente anti-imigração
Notícias ao Minuto

12:32 - 11/01/19 por Lusa

Mundo Hungria

Numa conferência de imprensa conjunta com a primeira-ministra romena, Viorica Dancila, em Bucareste, por ocasião da inauguração da presidência romena do Conselho da União Europeia, Juncker escusou-se a comentar as declarações de Orban, alegando que quer "verificar" primeiro a sua autenticidade.

"Relativamente às declarações que o senhor Orban terá proferido, preferia verificar, porque não quero acreditar no que li", limitou-se a responder.

Na quinta-feira, Orban disse que o objetivo do seu Governo para as eleições europeias de maio próximo é que as "forças anti-imigração" alcancem a maioria no Parlamento Europeu, depois na Comissão Europeia, e, à medida que se forem realizando eleições nacionais nos Estados-membros, no Conselho Europeu.

Orban disse também ter "grandes esperanças" em relação à cooperação entre a Itália e a Polónia, cujos governos são ambos anti-imigração, e que continua a ver o vice-primeiro-ministro italiano e líder da Liga (nacionalista), Matteo Salvini, como "um herói" pelas suas políticas anti-imigração.

O primeiro-ministro húngaro, que em abril foi eleito para um terceiro mandato consecutivo com uma campanha centrada no discurso anti-imigração, disse ainda que haverá duas civilizações na Europa, uma "que constrói o seu futuro numa coexistência mista islâmica e cristã" e outra, na Europa central, apenas cristã.

O partido de Viktor Orban, o Fidesz, faz parte do Partido Popular Europeu (centro-direita), dentro do qual são vários os líderes políticos que defendem a expulsão da formação húngara por promover políticas contrárias aos valores europeus.

Sobre esse assunto, Orban disse pretender continuar como membro do PPE e, ao mesmo tempo, continuar a forjar alianças com partidos nacionalistas.

"Enquanto estamos, e espero que seja por muito tempo, continuaremos a ser leais à nossa família partidária. Ao mesmo tempo, no que diz respeito à imigração, ela não conhece limites partidários. Estou farto de que o PPE, quando procura aliados, só olhe para as forças pró-imigração", disse.

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