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Sim, mulheres têm maior tolerância à dor que os homens. A ciência explica

“Sim, as mulheres têm uma maior tolerância à dor, comparativamente aos homens – isto porque se esquecem da dor mais rapidamente...”.

Sim, mulheres têm maior tolerância à dor que os homens. A ciência explica
Notícias ao Minuto

09:00 - 11/01/19 por Liliana Lopes Monteiro

Lifestyle Sexo

Um estudo surpreendente apurou que os homens se sentem mais stressados e hipersensíveis quando confrontados com algum tipo de dor que já experienciaram anteriormente.

Pelo contrário a mesma pesquisa concluiu que as mulheres conseguem suportar melhor a dor.

Esta diferença entre géneros deve-se sobretudo à forma como ambos os sexos se recordam de agonias passadas, apontam os investigadores.

Uma equipa de cientistas canadianos foi surpreendida quando detetou que os homens e as mulheres não se recordam do passado da mesma maneira.

Os dados inéditos apurados concluem que enquanto as mulheres se esquecem, os homens nem por isso...

E como tal quando confrontados com a realidade de virem a sofrer a mesma dor novamente, os homens sentem-se “mais stressados, hipersensíveis, nervosos e relutantes” do que as mulheres.

O professor Jeffrey Mogil, que liderou a pesquisa realizada na McGill University, no Canadá, disse: "Ficamos abismados quando detetámos que pareciam existir as mesmas diferenças entre homens e mulheres, como tínhamos confirmados em ratos de laboratório”.

E Loren Martin, professora da Universidade de Toronto, acrescentou: “O mais surpreendente foi que os homens reagiram sem dúvida alguma mais intensamente”.

“Porque é comummente sabido que as mulheres são tanto mais sensíveis à dor do que os homens, como geralmente sentem mais stress”.

Para efeitos daquela pesquisa, um grupo de voluntários participou em duas experiências distintas.

Na primeira, 41 homens e 38 mulheres, experienciaram dores de baixa intensidade – na forma de calor aplicado nos antebraços. De seguida foi-lhes pedido que classificassem a dor dentro de uma escala de zero a 100.

Imediatamente após esse episódio, foram submetidos a uma experiência mais dolorosa. Tendo-lhes sido colocado um medidor de pressão alta insuflado bastante apertado e pedido que realizassem exercícios de braços por 20 minutos – algo que verdadeiramente excruciante.

Apenas sete dos 80 voluntários classificaram a experiência como tendo um valor inferior a 50 (na escala de dor até 100).

De modo, a testarem como a memória relativamente à dor impacta na tolerância a essa sensação, os cientistas repetiram as mesmas experiências no dia seguinte.

Surpreendentemente, apuraram que os homens categorizaram a dor “como sendo mais elevada do que o dia anterior, e mais elevada comparativamente às classificações atribuídas pelas voluntárias femininas”.

Mogil disse: “Acreditamos que os homens estavam a antecipar a dor, e que o stress dessa antecipação aumentou consequentemente a sensibilidade à dor”.

“Tínhamos motivos para esperar que se registasse uma sensibilidade à dor mais elevada no segundo dia, mas não tínhamos motivos para esperar que tal se desse especificamente entre os voluntários homens”.

“Foi uma total surpresa!”.

Os cientistas esperam que os seus achados, publicados no periódico científico Current Biology, abram caminho para a descoberta de novos tratamentos para os doentes afetados por dores crónicas.

Pensa-se que um dos fatores motivadores da dor crónica esteja relacionado com memórias de dores anteriores.

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