Cortou barriga de grávida, roubou-lhe o filho e atirou-a a um rio
O crime chocou os norte-americanos. Agora, a vítima dá nome a uma nova lei.
© iStock
Mundo Estados Unidos
Savanna Greywind estava grávida de oito meses quando a vizinha, Brooke Crews, a convidou a entrar em sua casa em Fargo, na Dakota do Norte (EUA), com a desculpa de que precisava de uma modelo para uma roupa que estava a costurar.
Sem desconfiar de nada, Savanna acedeu ao pedido e entrou na casa da vizinha de onde só saiu morta. Brooke agrediu a jovem grávida de 22 anos deixando-a inconsciente, momento que aproveitou para lhe fazer uma cesariana amadora.
Sem recurso a anestesia, Brooke cortou a barriga de Savanna de uma ponta à outra e tirou-lhe o bebé, um menino, deixando que a mãe morresse devido a uma grave hemorragia interna.
Ao juiz, a suspeita revelou ainda que Savanna acordou durante o procedimento, mas que voltou a desmaiar devido às dores.
Tudo aconteceu no ano passado e o caso foi a julgamento este ano.
Jovem morreu na sequência da cesariana amadora que lhe foi feita à força© Facebook
Em tribunal, Brooke confessou o crime, explicando que o fez porque havia dito ao namorado que estava grávida, tudo para que ele não a deixasse. Ao longo de oito meses, a mulher de 36 anos mostrou falsas ecografias ao namorado e até fez o download de um batimento cardíaco, dizendo tratar-se do som do coração do bebé que ela esperava.
Durante o julgamento, William Hoehn confessou que assim que chegou a casa e viu o bebé percebeu que algo não estava certo e acabou por descobrir a verdade. No entanto, ajudou a namorada a livrar-se do corpo de Savanna que enrolou num plástico e atirou ao rio.
O casal foi condenado a prisão perpétua, com a única diferença de que Brooke não pode sair em liberdade condicional e William pode.
Na senda desta situação, o Senado norte-americano aprovou, esta semana, uma nova lei. Chama-se Savanna’s Act (em homenagem à vítima) e pretende ser uma adenda à lei que trata os crimes contra as mulheres, obrigando a que seja criada uma base de dados onde conste a identificação de todas as mulheres nativas norte-americanas assassinadas ou dadas como desaparecidas.
Quanto ao bebé, de referir que o teste de ADN provou que era filho de Savanna, tendo então sido entregue à família.
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