FC Porto e Portimonense inauguraram esta sexta-feira, no estádio do Dragão, a 12.ª jornada da I Liga, numa partida que trazia como cartaz o reencontro de Jackson Martínez e António Folha com o seu antigo clube. 

Num primeiro tempo com muita história e dois golos, foram os visitantes a conseguir a primeira vantagem no marcador. Tormena, logo aos nove minutos de jogo, inaugurou o resultado a passe de Nakajima. 

O FC Porto respondeu à passagem do minuto 23 com um golo de Marega, isto já depois de Brahimi ter visto um tento anulado por fora de jogo posicional de Soares.

Com um empate ao intervalo, depois de uma primeira parte atrevida dos algarvios, foi Soares a desbloquear a partida a passe de Marega, aos 57, para ver, logo depois, Brahimi ampliar a vantagem portista.

O tento que marcou a goleada foi novamente da autoridade de Marega. Depois de ter marcado no segundo tempo, o maliano assistiu e marcou no segundo, sentenciando uma partida que parecia, no primeiro tempo, poder fugir aos azuis e brancos.

Mas vamos a outros factos.

Dragão usou a cabeça e mexeu logo no primeiro tempo

Depois de ter visto a sua equipa comprometer frente ao Benfica, no estádio da Luz, Sérgio Conceição vaticinou que, porventura, os azuis e brancos não voltariam a perder até ao final da temporada. 11 triunfos depois, a profecia do técnico portista parece assustadoramente verdadeira.

Porém, se a vontade já a expressou o técnico, nem por isso o FC Porto pareceu ter a dinâmica necessária para começar logo a vencer. Com um meio-campo desligado, sem intensidade, Sérgio Conceição, para fazer cumprir a sua palavra, teve de mexer logo no primeiro tempo.

Deixando cair Óliver, o treinador portista fez entrar Herrera para o meio-campo. Perdeu alguma qualidade no tempo de construção, mas ganhou presença e músculo no corredor central para inverter um resultado que não era, de todo, do seu agrado. Até ao intervalo não resultou, mas apesar de uma partida silenciosa, o mexicano estabilizou uma batalha (no meio campo) que parecia destinada a estar perdida.

Brahimi foi 'abre-latas' mas Marega continua a ser o 'imperador'

Após um primeiro tempo sem conseguir descobrir grandes caminhos para a baliza adversária, o FC Porto teve na noite de sexta-feira um verdadeiro 'saca caricas' na lateral esquerda... e depois no centro do terreno.

Começando colado à linha, Brahimi começou a ganhar mais preponderância quando se deslocou para uma posição mais central. Com pouco espaço na linha, o argelino movimentou-se por terrenos mais cobiçados, mas foi sempre virtuoso no momento de decidir. Um golo, uma assistência e vários lances de encantar quem gosta de ver a bola nos pés dos artistas, mostraram novamente que o extremo é peça essencial na manobra azul e branca.

Mas Marega! O maliano tem sido o pulmão atacante da formação orientada por Conceição. Com um bis, um golo a abrir e outro a fechar, e uma assistência abnegada, o atacante provou que a sua maior virtude, neste momento, é ser tudo o que a equipa precisa de ser. Com a bola no ataque, o ex-Guimarães é uma verdadeira ameaça para os defesas e ontem voltou a comprovar o seu estatuto de predador.

Com este resultado, Conceição cumpriu o que prometeu há 11 jogos atrás. 30 pontos, 11 vitórias consecutivas e um desejo cada vez mais visível nos seus jogadores de tornar a palavra do comandante em mar navegável.

FC Porto	vs	Portimonense
59%	Posse de bola	41%
19	Remates	8
8	Cantos	0
10	Faltas	10
2	Cartões amarelos/vermelhos	1