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Casa Havaneza classificada como monumento de interesse nacional

A Casa Havaneza, no Largo do Chiado, em Lisboa, que começou a sua atividade comercial em 1855 como depósito de tabacos, foi classificada como monumento de interesse público nacional, segundo portaria hoje publicada em Diário da República.

Casa Havaneza classificada como monumento de interesse nacional
Notícias ao Minuto

15:24 - 07/12/18 por Lusa

País Diário da República

A portaria, assinada a 13 de novembro, pela secretária de Estado da Cultura, Ângela Carvalho Ferreira, realça a história da Casa Havaneza, inicialmente instalada nos números 24 e 25 do Largo do Chiado, local à época "mais procurado pela sociedade endinheirada e cosmopolita" da cidade.

O grande depósito de tabacos estrangeiro foi gerido no início por Charles Vanderin e François Caen, negociantes de tabaco belgas, residentes em Antuérpia. Henrique Burnay, também descendente de belgas, foi o responsável pela dinamização do negócio, particularmente a partir de 1875, depois da constituição da firma Henry Burnay & C.ª.

Já em 1960, a área do estabelecimento comercial foi reduzida devido à instalação de uma agência bancária no número 24, o que originou alterações profundas na arquitetura e, também, no protagonismo que este espaço comercial detivera no meio financeiro, político e cultural do final do século XIX.

De acordo com a explicação constante no Diário da República, a classificação da Casa Havaneza, incluindo o património móvel integrado, reflete "os critérios relativos ao caráter matricial do bem, ao génio do respetivo criador, o interesse do bem como testemunho notável de vivências ou factos históricos, o valor estético, técnico ou material intrínseco do bem, a conceção histórica e urbanística".

O projeto foi concebido pelos arquitetos António Azevedo Gomes e Francis Jules Léon. A Casa Havaneza foi onde se instalou o primeiro telefone/telégrafo público da cidade - adquirindo no século XX "uma feição moderna, elegante e mais versátil, apesar da dimensão mais modesta do estabelecimento", pode ler-se na descrição no Diário da República.

No interior da Casa Havaneza há ainda o mobiliário dos anos 70, executado sob orientação do arquiteto Nuno Corte Real, nomeadamente os expositores, de formas onduladas e esquinas boleadas, com as vitrinas com cantos arredondados.

Conservam-se também na loja as gravuras em mármore policromado, criadas nos anos 60 do século XX por Bartolomeu Cid.

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